Um idoso de 74 anos morreu após ser agredido com pedaços de madeira, na noite de domingo (30), no bairro Central Carapina, na Serra. Antônio Batista da Fonseca foi apontado por moradores da região como responsável por um estupro, o que teria motivado as agressões. A família, no entanto, acredita que a acusação é uma mentira.
Há cerca de três meses, o idoso foi acusado por moradores de ter estuprado uma criança de 4 anos. Algumas pessoas do bairro só descobriram o caso neste fim de semana e ficaram revoltadas com o homem. Uma parente do idoso tentou tirá-lo do local, mas eles foram seguidos.
Um vídeo gravado por moradores mostra o momento da confusão. Nas imagens, é possível ver várias pessoas aglomeradas acompanhando as agressões.
Uma sobrinha do homem agredido contou que tentou defender ele, mas também foi agredida. A mulher teve ferimentos no rosto e nos braços. “Eu vim carregando ele, mas chegou um momento que eu tonteei. Fui agredida”, contou.
Uma viatura da Polícia Militar esteve no local e os policiais chegaram a socorrer o homem. Ele foi levado para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu logo após dar entrada na unidade.
Segundo a família da vítima, o aposentado sempre negou as acusações. “Ele sempre negou. Dizia que não ia mudar do bairro porque não devia nada, que não tinha feito nada. Ele falava que esse pecado ele não carregava”.
Os familiares acreditam que a história tenha começado por conta de vingança, envolvendo um celular e uma mulher com quem ele teria se relacionado. “Ele comprou um celular e deu para ela. Ela queria ir embora com o celular, aí inventou que meu tio tinha estuprado a filha dela. A população está achando que meu tio era estuprador, mas ele não era”, afirmou a sobrinha.
Revoltados, os familiares do idoso pedem por justiça. “Se ele estava errado ou não, quem tinha que resolver era a Justiça”.
O caso será investigado pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa da Serra e, até o momento, nenhum suspeito de cometer o crime foi detido.
*Com informações da repórter Rafaela Freitas, da TV Vitória/Record TV.