EM CASTELO

Técnica de enfermagem que usava diploma falso de enfermeira é demitida de hospital do ES

Durante fiscalização do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-ES), a mulher foi flagrada com uniforme do hospital, identificada como enfermeira, e atendendo um paciente

Carol Poleze

Redação Folha Vitória
Foto: Coren-ES / Divulgação

Uma técnica de enfermagem de 30 anos foi flagrada, na noite de quarta-feira (15), atuando como enfermeira no Hospital Municipal de Castelo, região Sul do Espírito Santo. Foi constatado que ela não concluiu a graduação e utilizada diploma falso. 

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A abordagem aconteceu durante uma fiscalização do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-ES), que acionou a Polícia Militar ao identificar o exercício ilegal da profissão na unidade.

De acordo com o boletim de ocorrência, a mulher estava com o uniforme do hospital, identificada como enfermeira, e atendendo um paciente no momento em que os militares chegaram na unidade.

Além disso, o Coren-ES investigou tentativas de cadastro da técnica de enfermagem no site do Conselho com diplomas de enfermagem, sendo que as instituições citadas nos documentos negaram que a mulher teria terminado a graduação. Com isso, chegou-se à conclusão de que ela utilizava diplomas falsificados.

O diretor do Coren-ES, Douglas Lirio Rodrigues, explicou que assim que receberam a denúncia, uma investigação foi iniciada.

 "A priori nós recebemos uma notícia anônima e instauramos um processo administrativo para sabermos se procedia ou não", disse o diretor

Douglas ainda disse que a mulher estava atuando em uma função privativa de enfermeiros. 

"Ela estava atuando no pronto socorro, em uma função privativa do enfermeiro, a classificação de risco. É uma função primordial no atendimento às urgências", completou

A mulher foi levada pelos militares, além de representantes do Conselho e do hospital, a uma sala reservada dentro da unidade, com um ofício constando seu desligamento imediato para qualquer atividade como enfermeira.

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Além disso, a mulher assinou um termo se comprometendo a comparecer à audiência de juizado no mês de junho, por se tratar de uma contravenção penal (uma conduta ilícita com menor potencial ofensivo que um crime) por meio de exercício ilegal da profissão. A mulher negou que tenha falsificado os documentos.

Segundo o Coren-ES, casos como esse são raros, mas ano passado 7 pessoas tentaram dar entrada no registro com diploma falso. 

"Nós estamos qualificando nossos profissionais, trabalhando a cada dia para que eles tenham a habilidade de identificar essas certidões", Wilson José Patrício, presidente do Coren-ES
Foto: Reprodução/ Balanço Geral

Em nota, a prefeitura de Castelo disse que o caso está sobre investigação interna. A prefeitura disse ainda que a profissional era técnica de enfermagem e foi promovida a 4 meses para enfermeira, com base em documentos apresentados. Após o caso, a profissional foi demitida e o município aguarda o posicionamento do Coren-ES sobre a melhoria do sistema de controle de profissionais. 

*Com informações da repórter Rafaela Freitas, da TV Vitória/Record

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