Polícia encontra em empresa 17 toneladas de restos de carne impróprios para consumo
As carnes estavam armazenadas de forma irregular. Os produtos, normalmente, são para fabricação de ração e não para humanos
Tendão, pulmão e até pênis bovino foram encontrados em uma empresa de Guarapari, nesta terça-feira (21), armazenados de forma irregular e impróprios para consumo humano.
No local, foram encontradas 17 toneladas de restos animais e as investigações apontam que a empresa atuava abastecendo o mercado clandestino. Os materiais, normalmente, são destinados para a fabricação de ração e não para humanos.
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O titular da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor, delegado Eduardo Passamani, informou que a suspeita é que os restos seriam revendidos para açougues e utilizados na fabricação de embutidos. O nome da empresa não foi divulgado.
"O material deveria ser retirado do açougue ou frigorífico e encaminhado diretamente a uma empresa que faz farinha para ração animal, não pode ser vendido para consumo humano. Agora, vamos tentar identificar para onde estava indo. A suspeita é que frigoríficos estavam usando para fazer embutidos", explicou.
Empresa já havia sido notificada duas vezes pelo mesmo problema
Em 2022, a mesma empresa foi alvo de um mandado de busca e apreensão, quando foram encontrados 50 toneladas de restos de carne. Depois, ela foi para o Rio de Janeiro e continuou com a prática. No entanto, foi fechada pela polícia carioca.
Agora, a empresa voltou ao Espírito Santo e tentou continuar com a prática ilícita quando, novamente, foi descoberta pelas autoridades.
"Como punição, foi feita a obrigação da empresa pagar para destruir o material e os responsáveis serão investigados. Há indícios que sejam os mesmos da vez passada. Assim que acabar a investigação, vamos pedir a prisão para que eles não voltem. A gente vai cobrar e, se não for feito o descarte, também vamos encaminhar a prisão", finalizou o delegado.
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As empresas responsáveis por encaminhar o resto de forma irregular também podem ser responsabilizadas.
A operação foi realizada pela Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon) e em conjunto com o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) e com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - SFA/ES.