Polícia

VÍDEO | Dona de hostel na Praia da Costa é espancada e acusa hóspede pelas agressões

A suspeita estava hospedada no local em troca de prestação de serviços. A dona do local disse que foi agredida com alicate de pressão

Redação Folha Vitória

Foto: Reprodução TV Vitória
Tais Maia, dona de hostel na Praia da Costa agredida por hóspede

A dona de um hostel na Praia da Costa, em Vila Velha, foi espancada e apontou uma hóspede como sua agressora. A vítima foi atacada com um alicate de pressão e teve ferimentos nos olhos, braços e diversos hematomas pelo corpo. 

A suspeita estava hospedada no local por meio de uma permuta, ou seja, em troca de prestação de serviços no estabelecimento. Acontece que ela parou de cumprir sua parte do acordo, o que fez com que a dona do hostel pedisse que ela saísse de lá. A agressão aconteceu na tarde da última segunda-feira (13)

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A dona do estabelecimento, Tais Maia, relatou que a mulher oscilava entre estados de felicidade e paranoia. Segundo ela, a mulher contava histórias grandiosas e dizia que estava sendo perseguida. 

"Ela era uma pessoa que oscilava muito entre felicidade, entre fazer serviços, cuidar de plantas, e ao mesmo tempo às vezes também tinha paranoias, de achar que havia pessoas perseguindo, de falar que já trabalhou com a Interpol, Inteligência Americana, falava algumas coisas que às vezes não condiziam com a realidade", contou Tais à reportagem da TV Vitória/Record. 
Foto: Reprodução TV Vitória
Marcas da agressão no corpo da dona do hostel

Segundo ela, no entanto, o que a fez querer que a suspeita se retirasse do hostel foi apenas a quebra de acordo. 

"A gente deixava isso, ia conduzindo, mas ela não estava fazendo o trabalho que havíamos combinado ", relatou. 

Foi então que Tais disse à mulher para que deixasse o hostel, mas foi ignorada. Após alguns instantes, ela retornou ao quarto da suspeita e reiterou o pedido, dizendo que ela precisava sair imediatamente. A mulher, no entanto, não obedeceu aos pedidos da proprietária.

Foto: Reprodução/Videomonitoramento
Suspeita foi flagrada por câmera de segurança

Em imagens registradas pelas câmeras de segurança do hostel, é possível ver a mulher com um alicate nas mãos, andando de um lado para o outro no andar térreo do estabelecimento. 

Ela vai para o andar de cima e logo depois Tais também sobe. Neste momento, é possível ouvir os gritos da proprietária, que pede por socorro e para que as pessoas chamem a polícia. 

"Ela se levantou numa agilidade muito grande, já com o alicate de pressão na mão e veio contra minha pessoa. Eu só pude encostar na parede e proteger minha cabeça e me agachar. Foi quando ela desferiu inúmeros golpes com esse alicate na minha cabeça e eu comecei a gritar em desespero. Com a outra mão, que estava livre, ela ficava enfiando o dedo no meu olho para me cegar, e me fechou num triângulo na perna para que eu me asfixiasse", relatou. 
Foto: Reprodução TV Vitória
Dona de hostel ficou com hematomas e ferimentos

O companheiro de Tais ouviu os gritos e correu até o andar de cima para socorrê-la. Ele tentou separar as duas mulheres, mas não conseguiu e precisou golpear a suspeita diversas vezes na cabeça para que ela soltasse Tais. 

"Eu fiquei gritando desesperadamente pelo meu companheiro. Ele subiu ouvindo meus gritos e foi tentar apartar e separar. Assim como ela, ele também luta jiu-jítsu e foi tentar tirar ela de cima de mim, desfazer o triângulo, mas não conseguiu por conta da força dela", disse Tais. 

Ela complementou que o companheiro começou a desferir golpes também na lateral da cabeça da suspeita. "Para que ela perdesse a consciência e me soltasse. Só assim ele conseguiu fazer ela soltar, depois de mais de 5 golpes, e na hora que me soltou eu só desci correndo pedindo para chamar a polícia", relembrou a dona do hostel

A Polícia Militar compareceu ao local e, por conta dos ferimentos, ambas as mulheres foram levadas ao hospital e em seguida à Delegacia Regional de Vila Velha. 

A Polícia Civil informou que a suspeita foi conduzida à Delegacia Regional de Vila Velha. Por ser um crime de menor potencial ofensivo, assinou um termo circunstanciado (TC) por lesão corporal e foi liberada após assumir o compromisso de comparecer em juízo.

Tais afirma que está traumatizada e não consegue mais ficar no hostel durante o período da noite. 

"Eu entrei em choque, entrei em pânico, eu não consegui dormir no local, fui direto para um hotel. Não consigo ficar lá no período noturno. Eu não sei se ela vai voltar, ela está impune, eu fiquei à mercê de uma justiça que não foi justa. Parece que a justiça está esperando ela matar alguém para tratar como tentativa de homicídio", declarou.

Assista ao vídeo: 

*Com informações da repórter Ana Carolini Mota, da TV Vitória/Record 

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