Acusado de mandar matar Milena Gottardi, Hilário Frasson é expulso da Polícia Civil
A decisão foi confirmada pelo Conselho Estadual de Correição (Consecor), última instância administrativa no Estado para servidores civis e militares
Acusado de ser um dos mandantes do assassinato da ex-esposa, a médica Milena Gottardi, ocorrido em setembro de 2017, Hilário Frasson foi expulso da Polícia Civil do Espírito Santo. A decisão foi confirmada pelo Conselho Estadual de Correição (Consecor), presidido pela Secretaria de Controle e Transparência do Estado (Secont).
O Consecor, última instância administrativa no Estado para servidores civis e militares, manteve, após análise do processo, a decisão do Conselho de Polícia Civil, que decidiu pela expulsão de Hilário Frasson dos quadros da corporação. Com isso, de acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), Hilário já não faz mais parte da Polícia Civil.
A decisão ocorreu durante reunião ordinária do Consecor, realizada no dia 28 de maio, mas foi publicada apenas nesta segunda-feira (29), no Diário Oficial do Estado. O Conselho de Polícia Civil decidiu, demitir Hilário Frasson dos quadros da corporação no dia 25 de setembro do ano passado.
Por causa da acusação de ser um dos mandantes do assassinato da médica, Hilário recebeu a pena máxima prevista do Estatuto da Polícia Civil, que é a demissão. Além disso, ele fica impedido de exercer outro cargo ou função por dez anos.
A demissão de Hilário é resultado do julgamento do Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) que o servidor respondia, referente ao homicídio de Milena Gottardi. Hilário Frasson cumpre prisão preventiva desde o dia 20 novembro de 2017 e encontrava-se afastado de suas funções.
Relembre o caso
A oncologista Milena Gottardi foi baleada na cabeça quando saía do Hospital das Clínicas, no bairro Maruípe, em Vitória, no dia 14 de setembro de 2017. Ela foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e teve morte cerebral. A médica morreu aos 38 anos e deixou duas filhas.
Inicialmente, a polícia suspeitou de uma tentativa de assalto, mas as investigações apontaram que se tratou de um crime encomendado, cujos mandantes são Hilário e o pai, Esperidião Frasson.
Ainda de acordo com as investigações, o assassinato teve dois intermediários: Valcir da Silva Dias e Hermenegildo Palauro Filho. Eles, por sua vez, teriam feito a ponte entre os mandantes e os acusados de serem os executores, Dionatas Alves Vieira, o atirador, e Bruno Rodrigues Broetto, primo de Dionatas, que teria roubado a moto para a execução do crime.