Imagens mostram o momento em que cinco dos seis denunciados pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) que foram detidos nesta terça-feira (13) chegaram ao Departamento Médico Legal, em Vitória, para passar por exames.
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As imagens foram registradas pela repórter Ingrid Almeida, da TV Vitória/Record TV. Ao todo, a Justiça determinou a prisão de seis pessoas durante uma operação em combate ao crime organizado e a lavagem ativos.
Os suspeitos teriam envolvimento com o “jogo do bicho” e provocado um prejuízo de mais de R$ 60 milhões.
A ação realizada no início da manhã desta quarta-feira é fruto de uma investigação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), ligado ao MPES, e teve apoio da Polícia Militar.
Confira quem são os empresários presos nesta terça-feira:
Sérgio Zanolli
Diego Merighetti
Jeferson Santos Valadares
Marciano Cruz de Sá
Demer Freitas Ferreira
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A 6ª Vara Criminal de Vila Velha determinou, além das seis prisões, o bloqueio de bens dos denunciados no processo. O MPES pediu e a Justiça determinou a restrição sobre 51 imóveis, três embarcações, um avião, um helicóptero, 28 veículos e uma motocicleta.
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De acordo com as informações divulgadas pelo Ministério Público, alguns veículos e aeronaves foram destinados ao uso das forças de segurança pública.
Investigação teve apoio da PF e da Receita Federal
A investigação começou em setembro de 2021 e teve apoio da Polícia Federal (PF) e da Receita Federal. Em 2022, foram cumpridos mandados judiciais de busca e apreensão em residências e empresas dos então investigados.
A partir da análise das provas, de acordo com o MPES, foi possível identificar com detalhes a organização criminosa constituída para a ocultação de bens, direitos e valores obtidos com a exploração do “jogo do bicho”.
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A investigação aponta que pessoas jurídicas foram constituídas pelos denunciados para garantir a ocultação dos bens, com reinserção financeira dos valores em nome próprio ou de terceiros laranjas.
Com a análise das provas colhidas na investigação, foi possível identificar que o grupo usava tanto o esquema de jogo no bicho como também empresas legais para conseguir esconder a verdadeira origem do dinheiro.
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De acordo com o MPES, eles misturavam valores de várias fontes, de nomes próprios e até de laranjas, para confundir a Receita Federal e outros órgãos de controle. Eles provocado um prejuízo de mais de R$ 60 milhões, segundo cálculo do MPES.
O outro lado
Confira o posicionamento das defesas dos envolvidos:
– Marciano e Demer
De acordo com o advogado criminal Anderson Burke, a decisão foi uma surpresa, tendo em vista que há mais de 1 (um) ano Marciano e Demer colaboraram integralmente com a investigação para a elucidação dos fatos, bem como demonstraram rigoroso respeito às ordens judicias de natureza cautelar que foram tomadas pelo juízo competente.
“Como ainda não nos foi concedido acesso à decisão que decretou a prisão em virtude do cumprimento de diligências, não temos condições de analisá-la de forma mais acurada, mas após a sua análise iremos tomar as medidas necessárias”, pontuou.
-Diego Merighetti
A advogada Manoeli Braun Viola, responsável pela defesa de Diego no processo afirmou que o empresário é, na verdade, funcionário do “espólio” herdado por Jeferson Santos Valadares, também preso durante a operação deflagrada nesta terça, e que ele não é proprietário de nenhum dos bens alvo de mandado da Justiça.
Por fim, a advogada disse que ainda não teve acesso à decisão e que aguarda mais detalhes os desdobramentos do processo.
A reportagem segue tentando contato com a defesa dos demais presos. A reportagem será atualizada quando houver retorno.
