Pai que jogou bebê de 1 mês em barranco é indiciado em Marechal Floriano
De acordo com a Polícia Civil, o crime ocorreu durante uma discussão entre o pai da bebê com a esposa, que estariam alcoolizados
A Polícia Civil concluiu a investigação de uma tentativa de homicídio de uma bebê de 1 mês, ocorrida no dia 30 de maio, em Marechal Floriano, região Serrana do Espírito Santo. O suspeito é o próprio pai da criança.
De acordo com a polícia, o crime ocorreu durante uma discussão entre o pai da bebê com a esposa. Ele teria tirado a criança dos braços da mãe e a atirado de um barranco de mais de 10 metros de profundidade, no trevo de Paraju, no Centro da cidade. O suspeito de 35 anos foi detido em flagrante.
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Segundo o titular da Delegacia de Polícia de Marechal Floriano, delegado Luciano Paulino, o casal estava alcoolizado no momento da discussão e, logo após o crime, o pai teria abandonado o local. A bebê só não morreu porque foi socorrida por uma testemunha.
“Em seguida, ele abandonou o local, deixando a criança para morrer. A morte da criança só foi evitada pelo socorro de uma testemunha que, ao ouvir o choro, desceu o barranco na escuridão, encontrando e resgatando a bebê”, disse.
Após o crime, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado para socorrer a criança, que foi levada junto com a mãe para um hospital, onde ficou constatado um ferimento no rosto, mas sem risco à vida.
O caso foi inicialmente atendido pela Polícia Militar, que encaminhou o suspeito à 11ª Delegacia Regional de Venda Nova do Imigrante, onde ele foi autuado em flagrante por crime de abandono de incapaz.
O procedimento foi encaminhado à Delegacia de Polícia de Marechal Floriano, que realizou diligências para elucidar os fatos. “Verifiquei que se tratava de um barranco muito íngreme, com mais de 10 metros de profundidade, em meio a um matagal com vários galhos de árvores e lama”, disse o delegado Luciano Paulino.
Segundo ele, a autuação inicial por abandono de incapaz foi alterada para indiciamento por tentativa de homicídio triplamente qualificado, considerando o ato como desprezível, cruel e que impossibilitou a defesa da vítima.
O inquérito policial foi concluído e encaminhado à Justiça, com a prisão preventiva do suspeito.
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