O Espírito Santo, a partir de agora, possui um convênio que permite o acesso a todo o banco de dados nacional da Polícia Federal, com comparação de digitais feitas por meio biométrico. O acordo assinado nesta quarta-feira (10) pelo Governo do Estado, deve facilitar as investigações e as prisões realizadas pela Polícia Civil.
Com o acesso ao sistema, os investigadores poderão pesquisar em um banco de dados as imagens das impressões digitais de criminosos de todo o País. Cada imagem que a máquina dispõe é rigorosamente verificada pelos peritos da unidade. O recurso tem facilitado o trabalho da perícia e permitido laudos com 100% de certeza da autoria de crimes.
Para o diretor do Instituto Nacional de Identificação da Polícia Federal, Brasílio Caldeira Brant, este sistema será de grande cooperação para o trabalho das autoridades capixabas. “A Segurança Pública como um todo vai ganhar demais com esse acordo. A principal vantagem é o acesso do Estado a um sistema de identificação biométrico de impressões digitais de cerca de 22 milhões de pessoas. Ele cruza as informações de impressões digitais, inclusive de fragmentos de locais de crimes”, explicou.
Como funciona
Ao realizar a coleta de fragmentos de impressões digitais em um local de ocorrência, essas informações são digitalizadas e inseridas no sistema Afis que faz uma pesquisa no banco de dados criminal que permite comparação automática das impressões digitais.
Violência no ES
Segundo o Governo do Estado, o Espírito Santo fechou o mês de junho e o primeiro semestre de 2019 com reduções históricas de homicídios. e o acordo de cooperação para utilização do Afis da Polícia Federal busca diminuir ainda mais esses números e facilitar a prisão dos criminosos.
De janeiro a junho deste ano, foram registrados 498 assassinatos, uma redução de 18,2% em relação ao número de casos em 2018, quando foram registradas 609 vítimas. É a primeira vez que o estado termina um período de seis primeiros meses com menos de 500 homicídios na série histórica, que engloba o período entre 1996 e 2019.
Em junho, foram registradas 59 mortes dolosas, menor número contando qualquer mês nos últimos 23 anos. O mês de julho de 2018 havia sido o melhor da série histórica, com 67 assassinatos. Em relação ao mesmo mês do ano passado, a redução dos homicídios foi de 40%. Em julho de 2018, foram contabilizados 99 homicídios.