Mulher encontrada morta cumpria prisão domiciliar por tráfico de drogas em Minas Gerais
De acordo com a Secretaria de Estado da Justiça do Espírito Santo (Sejus), a vítima do assassinato teve entrada no sistema prisional em 04 de maio de 2020
Bruna Santos Pinheiro, encontrada morta ao lado de um carro, na manhã desta terça-feira (19), na Estrada do Dique, em Vila Velha, cumpria prisão domiciliar por tráfico de drogas praticado entre as fronteiras de Minas Gerais e o Espírito Santo, na região de Aimorés, em maio de 2020. A informação foi confirmada pela Polícia Civil.
De acordo com a Secretaria de Estado da Justiça do Espírito Santo (Sejus), a vítima do assassinato teve entrada no sistema prisional em 04 de maio de 2020, onde permaneceu no Centro Prisional Feminino de Cariacica. A partir do dia 15 do mesmo mês, ela recebeu o benefício da prisão domiciliar.
Segundo sentença disponibilizada no site do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), foi no dia 4 de maio daquele ano que ela, junto ao cúmplice Ernando Ferreira Silva, foram parados em uma blitz da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR 259.
No carro em que estavam, um Fiat Strada, eram transportados, para a venda, uma sacola com 141 gramas de maconha, além de uma bolsa com outros 17.393 gramas da substância.
Ao serem parados, o homem logo arremessou o celular ao chão e tentou pisoteá-lo, tendo sido impedido pelos policiais. Também foi encontrada cocaína e 14 tabletes de maconha no assoalho do automóvel. Imobilizado, confessou que havia drogas no veículo e que receberia R$ 2 mil pelo transporte delas.
Bruna, no entanto, tentou negar a situação, mas depois informou aos agentes para quem os entorpecentes seriam levados. Na sentença, ficou determinada a prisão dela por seis anos e três meses, em regime semiaberto.
A reportagem tenta contato com o advogado de Bruna, mas até o momento não houve retorno.
Entenda
Uma mulher foi encontrada morta ao lado de um carro, na manhã desta terça-feira (19), na Estrada do Dique, em Vila Velha, e foi identificada como Bruna Santos Pinheiro. No corpo da vítima, investigadores da Polícia Civil identificaram sete perfurações.
Um ciclista foi quem encontrou a mulher, por volta das 6h, e acionou a polícia. O veículo estava com a porta de trás aberta, com marcas de tiro e sangue na parte interna.
De acordo com a perícia, pelo menos duas pessoas participaram do crime, já que cápsulas de dois diferentes calibres foram encontradas no local. A polícia acredita que Bruna tenha sido baleada primeiro dentro do carro e tentou fugir dos suspeitos, mas acabou morta.
Investigadores acreditam que ela tenha sido morta na noite segunda-feira (18). Por volta das 21h30, ela publicou uma foto nas redes sociais, mostrando que estava na academia, com a mesma roupa que usava quando foi assassinada.
O corpo de Bruna foi encaminhado ao Departamento Médico Legal, em Vitória, onde poderá ser reconhecido e liberado por familiares.
Dentro do automóvel, a polícia encontrou vários pertences da vítima, como cadeira de praia, garrafa de água e uma bolsa com cartões, que auxiliou a polícia na identificação.
O celular da mulher e a chave do veículo não foram encontrados. A polícia trabalha com várias linhas de investigação. Uma delas, seria crime passional, mas a Divisão de Homicídios e Proteção à Mulher segue investigando o caso.
O carro que seria da vítima será guinchado e passará por uma nova perícia da Polícia Civil.