Mulher presa em Vitória vendeu conteúdo sexual da sobrinha de 9 anos para 10 homens
A investigação teve início após um suposto armazenamento e compartilhamento de imagens relacionadas a abuso e exploração sexual infantil pela internet
Uma mulher, de 27 anos, foi presa em Vitória e confessou ter produzido e vendido vídeos de abuso sexual da sobrinha, de 9 anos. Na casa onde a vítima morava, em Vitória, policiais encontraram pertences da menina e da suspeita. Segundo a polícia, a tia vendeu o material ilícito para 10 homens.
"Os policiais da delegacia acreditavam que se tratava de um armazenamento de conteúdo relacionado à abuso e exploração sexual infantil e também compartilhamento, mas com o decorrer das investigações, a gente observou que a pessoa estava produzindo conteúdo, ou seja, ela estava abusando da criança no interior da residência", disse o delegado titular da DRCC, Brenno Andrade.
A investigação começou após a polícia receber um relatório de uma Organização Não Governamental (ONG) dos Estados Unidos.
"Essa organização enviou para a Polícia Federal, posteriormente enviaram para a Delegacia de Crimes Cibernéticos, onde fizemos um filtro, uma investigação, pois até, então os dados eram brutos, de um possível abuso/exploração sexual infantil, que acontecia em Vitória", explicou Andrade.
Clientes da suspeita pediam material de menores
A suspeita confessou o crime e disse que estava desempregada. Ela também afirmou que era garota de programa e que teve a ideia de cometer o crime, após ser indagada pelos clientes.
"Quando começou a fazer esses programas, alguns homens solicitavam também fotos e vídeos de menores. Ela teve a ideia de passar essas fotos e vídeos da sobrinha. Essa sobrinha passava o dia todo na residência junto com a tia e a avó", disse o delegado.
Segundo a polícia, a avó da criança não tinha conhecimento sobre a situação. No celular da suspeita foram encontradas outras imagens de exploração sexual envolvendo outras crianças. Ela foi presa em flagrante por este crime e deve ser indiciada por outros.
"Ela vai responder por estupro de vulnerável, por compartilhamento de imagens relacionado à abuso/exploração sexual infantil, por armazenamento. Ela também pode responder por um crime de favorecimento à prostituição, embora a criança não se prostituísse, ela explorava sexualmente da criança", disse Brenno Andrade.
Combate à exploração e abuso infantil
O crime de abuso e exploração sexual infantil na internet tem sido combatido em todo o Espírito Santo. O número de casos surpreende a polícia.
A mãe foi ouvida pela polícia e contou que, por causa do trabalho, não tinha como cuidar da filha durante o dia e deixou a menina sob os cuidados da irmã. Ela afirmou não saber que a menina sofria a violência. O delegado disse que a vítima precisou passar por exames no Departamento Médico Legal (DML) de Vitória.
As investigações seguem em andamento. O foco da polícia no momento é descobrir para quem a suspeita vendia o conteúdo pornográfico.
"Aquelas pessoas que recebiam esse material, responderão por favorecimento à prostituição. Também serão investigados. Chegando até eles, certamente serão presos", disse o delegado geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda.
*Com informações da repórter Suellen Araújo, da TV Vitória/Record TV