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Polícia encontra imagens de outras crianças em celular de tia que vendia conteúdo sexual da sobrinha

Antes de chegar nas mãos da polícia capixaba, o relatório com as imagens ilegais foi entregue à Polícia Federal

Foto: iStockphoto/Getty Images

Durante as investigações sobre o caso da tia que produzia conteúdo de abuso sexual com a sobrinha, de 9 anos, a polícia encontrou mais imagens de exploração sexual envolvendo outras crianças. 

A investigação do caso teve início após a Polícia Civil do Espírito Santo ter acesso à fotos e vídeos ilegais que foram descobertos pela National Center for Missing & Exploited Children (NCMEC), ONG norte-americana que luta contra o sequestro, o abuso e a exploração infantil em todos os aspectos.

Antes de chegar nas mãos da polícia capixaba, o relatório com as imagens ilegais foi entregue à Polícia Federal.

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Em um primeiro momento, ao analisar as imagens, a polícia capixaba acreditava que a suspeita apenas armazenava os arquivos, mas durante as investigações foi descoberto que, além de armazenar o material, a mulher também era responsável pela divulgação e comercialização das mídias.

"O certo é que ela ( a tia) vai responder por estupro de vulnerável, ela vai responder por compartilhamento de imagens relacionadas ao abuso e à exploração sexual infantil, vai responder por um crime de favorecimento da prostituição, embora a criança não se prostituía, ela, ali, explorava sexualmente a criança, explicou o delegado Brenno Andrade.

Suspeita demonstrou frieza durante depoimento

Durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta-feira (20), os investigadores da Polícia Civil disseram que a suspeita demonstrou total frieza durante o depoimento. A mulher teria confessado que filmava e fotografava a sobrinha.

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Ainda durante a confissão, a tia da vítima contou que trabalha como garota de programa e cobrava R$ 150. Durante esses programas, segundo ela, alguns clientes teriam perguntado se ela teria uma pessoa mais nova e foi então que ela começou a produzir os conteúdos com a menina.

O material era feito no quarto e no banheiro da casa e segundo a polícia, a tia revendia as imagens por R$ 30 e dava R$ 2 para a menina comprar bala.

Mãe e avó da criança não sabiam do crime

Na última segunda-feira (18), a polícia esteve na casa em um bairro de Vitória e descobriu que a criança morava com a avó e a tia, já que a mãe trabalha fora e não conseguia ficar com a menina. 

A avó e a mãe, segundo a polícia, não sabiam do crime. Ainda de acordo com a polícia, a menina passou por exames no Departamento Médico Legal, em Vitória. Os resultados apontam que ela ainda é virgem, mas isso, segundo os investigadores, não minimiza os abusos sofridos pela criança.

A menina foi retirada da casa e entregue a mãe. A suspeita vai responder por diversos crimes, incluindo estupro de vulnerável.