Polícia

Empresário foi morto pelo namorado após briga durante sexo em Jardim Camburi

David Dalrio da Silva foi morto em junho e o namorado, que está preso, virou réu. A polícia concluiu o caso e diz que o crime foi motivado por questão financeira

Gabriel Barros

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução / Redes Sociais

O operador de caixa Breno Ribeiro Freire, de 26 anos, virou réu na ação penal do assassinato do empresário David Dalrio da Silva, de 34 anos. Ele foi morto no apartamento em que morava, em Jardim Camburi, em Vitória, no dia 18 de junho.

A polícia afirma que o crime teve motivações financeiras e que o assassinato, segundo relato do acusado, foi praticado após uma briga durante relação sexual entre vítima e acusado.

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O jovem foi indiciado pela Polícia Civil e denunciado pelo Ministério Público do Espírito Santo por homicídio qualificado por asfixia e furto com aumento de confiança, já que após o crime ele levou o carro da vítima, com quem mantinha um relacionamento havia cerca de quatro meses.

As informações foram divulgadas pela polícia na manhã desta terça-feira (25).

Breno foi preso em flagrante horas após o corpo do empresário, que atuava no ramo imobiliário, ser encontrado por uma amiga, no dia 19 de junho.

As imagens de uma câmera de segurança registraram o momento em que o suspeito chegou e saiu do prédio.

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Câmera flagrou casal e fuga do acusado

O relógio marca 17h12, de 18 de junho. Nas imagens, o empresário aparece trocando carícias com o suspeito no elevador David chega a abraçar e beijar Breno. Quando o elevador abre, Breno vai no sentido contrário ao apartamento da vítima e depois volta.

Cerca de três horas depois, por volta das 20h, o autor aparece novamente no corredor, aciona o elevador, ajeita o cabelo e vai embora.

Segundo a polícia, no intervalo entre as imagens, o suspeito teria matado o namorado, tomado banho e ainda dado comida aos cachorros da vítima.

Após o crime, Breno fugiu com o carro do empresário. Na ocasião, a polícia foi acionada e emitiu um alerta.

O suspeito foi preso após uma perseguição. Inicialmente, segundo a polícia, ele chegou a dizer que não sabia que tinha matado o rapaz. De acordo com Breno, a intenção era apenas deixá-lo desacordado.

Em depoimento, contou que teria conhecido a vítima em um aplicativo de relacionamento. Depois, confessou que matou David porque teria sido forçado, no dia do crime, a fazer práticas sexuais que não estava acostumado.

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A versão do suspeito, no entanto, não convenceu os investigadores, que acreditam que o relato dele seja uma tentativa de desqualificar a vítima. 

Crime teve motivação financeira, conclui polícia

O titular do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, delegado Marcelo Cavalcanti, explica os indícios de que o crime tenha motivações financeiras.

De acordo com a polícia, David tinha uma vida financeira estável. Atuava no ramo imobiliário e também trabalhava em uma agência bancária. Já o suspeito era operador de caixa de supermercado. 

Nos quatro meses que durou o relacionamento, segundo o delegado, Breno teria tido vantagens financeiras.

"O autor sempre teve cunho patrimonial em relação a vítima, em tirar vantagens. Ele via que, a partir do momento que se relacionava com a vítima, tinha ganhos patrimoniais. Isso se confirma no crime, quando o autor furta o veículo da vítima", argumentou o delegado. 

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Na época do crime, conforme noticiou o Folha Vitória, Breno relatou aos policiais militares que atuaram na ocorrência que ele e o empresário teriam brigado.

Breno revelou que tentou aplicar um golpe "mata-leão" em David, mas não teria surtido efeito. Diante disso, ele disse que utilizou um fio de ferro de passar roupa para matar o empresário.

"Depois que foi detido, ele confessou que conheceu a vítima por meio de um aplicativo de relacionamento e que ontem (domingo), seria o último encontro. Eles tiveram uma discussão mais acalorada. Ele relata que teve uma briga, que tentou encaixar um golpe de 'mata-leão', mas não surtiu efeito. Então viu próximo a ele o fio de um ferro, que enrolou no pescoço da vítima e a estrangulou", contou o cabo Bosco, da Polícia Militar, na época.
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