A Justiça revogou a prisão preventiva do policial militar envolvido na execução de um adolescente de 17 anos, ocorrida em março deste ano na cidade de Pedro Canário, no Norte do Espírito Santo.
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O cabo Thafny da Silva Fernandes, denunciado pela execução do jovem Carlos Eduardo Rebouças Barros, recebeu o alvará de soltura no final da tarde da última terça-feira (11).
O crime aconteceu no dia 1º de março deste ano. À época, a ação dos policiais foi registrada por uma câmera de videomonitoramento.
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Quem são os policiais envolvidos?
Confira o perfil profissional dos militares, a partir do levantamento feito no portal da Secretaria de Estado de Controle e Transparência (Secont):
• Thafny Da Silva Fernandes: é cabo e começou na Polícia Militar em junho de 2013. Em nove anos na corporação, requereu 13 licenças médicas, totalizando 182 dias. A mais extensa foi de abril a junho de 2019, totalizando 84 dias.
• Leonardo Jordão da Silva: é cabo e iniciou na Polícia Militar em abril de 2011. Até o momento, ele já tirou 16 licenças médicas, num total de 746 dias de licença remunerada. A mais extensa foi uma licença médica em 2021 que durou 108 dias.
• Samuel Barbosa da Silva Souza: é soldado e entrou na PM em novembro de 2014. Ele já requereu seis licenças médicas, totalizando 21 dias.
• Tallisson Santos Teixeira: é soldado e iniciou na PM em março de 2014. Totalizou sete licenças com 38 dias de licença remunerada.
• Wanderson Gonçalves Coutinho: é soldado e entrou na Polícia Militar em março de 2014. Nunca tirou licença remunerada.
Relembre o caso
Um adolescente foi morto no dia 1º de março, durante uma abordagem da Polícia Militar.
Na ação, o comandante da Polícia Militar, coronel Douglas Caus, explicou que os policiais foram acionados após receberam informações de que dois indivíduos conhecidos pela prática do tráfico de drogas e homicídios estariam na região.
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Em imagens gravadas por uma câmera de videomonitoramento presente na região, é possível ver que o adolescente é colocado na calçada. Também é mostrado o momento que ele aparece com as mãos para trás, como se estivesse algemado. Após, ele é baleado.
Os cinco policiais que estavam na ocorrência, dois cabos e três soldados, foram presos em flagrante por homicídio. Eles prestaram depoimento acompanhados dos advogados, mas, segundo o comandante, preferiram não falar sobre o ocorrido.
* Com informações da TV Vitória/Record TV.