Policial militar é preso pela PF em operação contra tráfico de drogas sintéticas no ES
Grupo investigado vendia diversos tipos de drogas e tinha como público-alvo pessoas que frequentavam festas “rave” na Grande Vitória e em Guarapari
Um policial militar foi preso pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (12), durante uma operação de combate ao tráfico de drogas sintéticas no Espírito Santo. Ao todo, dez mandados de prisão temporária e 11 de busca e apreensão foram cumpridos em Vila Velha, Cariacica e Colatina.
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No momento da prisão, segundo a polícia, o militar não ofereceu resistência. Mais de 50 policiais federais participaram da Operação Black Lança, realizada pela Delegacia de Repressão a Drogas.
O inquérito policial foi instaurado para investigar a estrutura criminosa destinada ao tráfico no Espírito Santo, em especial, em Vila Velha. De acordo com a Polícia Federal, foram identificados diversos fornecedores de drogas sintéticas, geralmente utilizadas em festas eletrônicas, popularmente conhecidas como "rave".
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Os investigados, segundo a polícia, comercializavam diversos tipos de drogas, como cocaína, maconha, skank e haxixe, mas o foco do grupo seria drogas sintéticas como ecstasy, MDMA, “black lança” (Diclorometano) e “GHB” (Ácido Gama-Hidroxibutirato). O grupo tinha como público-alvo pessoas que frequentavam “raves” na Grande Vitória e em Guarapari.
Em nota, a Polícia Militar do Espírito Santo disse que a operação teve acompanhamento de policiais militares da Corregedoria. O nome do PM preso não será divulgado para não prejudicar os trabalhos da Polícia Federal.
"As cópias dos procedimentos da Polícia Federal serão solicitadas para análise quanto à instauração de procedimento administrativo disciplinar. Sobre o recebimento de salário, a prisão do militar não implica no corte de vencimento, conforme previsão legal", explicou.
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A deflagração policial desta quarta-feira contou com apoio da Secretaria da Justiça do Estado com equipes táticas de execução e custódia.
Os investigados vão responder pelos crimes de tráfico de drogas e associação ao tráfico. Se condenados, podem ficar presos por até 25 anos.
Operação é um desdobramento de ação contra grupo que atuava no exterior
A Polícia Federal informou que a operação realizada nesta quarta-feira é um desdobramento investigativo da “Operação Catar”, deflagrada em outubro do ano passado.
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Segundo a polícia, o grupo organizado atuava com tráfico internacional de entorpecentes. Os integrantes recrutavam jovens para transportarem drogas sintéticas para países da Europa.
A investigação se intensicou após a prisão de dois capixabas, em 2020, no Aeroporto de Doha. Na época, eles foram pegos transportando substância entorpecente em suas bagagens.
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Agora, a Polícia Federal busca outros fornecedores que atuam na região e são apontados como principais traficantes no abastecimento de drogas sintéticas em shows e festas de música eletrônica na Grande Vitória.