Após a prisão de um homem apontado como um dos principais fornecedores de cigarros eletrônicos do Estado, a Polícia investiga também se eles estão, de alguma forma, contaminados com THC (“Tetrahidrocanabinol”, principal substância psicoativa da maconha) ou até mesmo fentanil.
O caso do fentanil é ainda mais preocupante, por ser um poderoso analgésico, de uso controlado hospitalar, muitas vezes mais poderoso que a morfina.
À TV Vitória, o delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, afirmou que há uma suspeita de que esses produtos já venham batizados.
“Podem vir com ativos como o THC e a tão destrutiva droga Fentanil, conhecida hoje como K9. Vamos verificar para entender se isso de fato é verdade”, pontuou.
O homem apontado pela polícia como um dos principais fornecedores de cigarros eletrônicos do Espírito Santo foi preso na 2ª fase da Operação Vapor.
Segundo a polícia, ele tinha um site para venda dos produtos e, em apenas dois meses, chegou a faturar cerca de R$ 500 mil. Ele foi encontrado em Vitória, onde mantinha uma sala comercial.
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Segundo o delegado Guilherme Eugênio, os produtos eram comercializados em um site, onde até adolescentes adquiriam os dispositivos.
“A equipe da 2ª Regional quando apresentada ao desafio de prender responsáveis pela venda de cigarros eletrônicos, identificou de pronto um site por meio do qual havia comercialização desse tipo de produto em larga escala para todo tipo de público, inclusive para crianças e adolescentes”, afirmou.
Criminoso usava os Correios para entregar cigarros
Ainda segundo a polícia, o homem montou um esquema de compra de cigarros eletrônicos, via motoboy, em toda a Grande Vitória e para todo o Brasil pelos Correios.
“Nós acreditamos que ele seja um dos maiores fornecedores de cigarros eletrônicos do Estado ou até mesmo o maior”, disse o delegado.
Eugênio explicou que em 78 dias, o rapaz apontado como fornecedor atendeu a mais de 9.500 pedidos de cigarros eletrônicos. Na região metropolitana do Estado, ele entregava utilizando motoboys, sendo que um desses já foi identificado e indiciado.
Para fora da área metropolitana, segundo a polícia, as entregas eram feitas por meio dos Correios. Prova disso eram os grandes contratos que ele possuía com os Correios para essas entregas.
“Ele despacha em larga escala e no momento em que ele foi detido, havia 19 entregas a serem realizadas”, acrescentou o delegado.
* Com informações do repórter Lucas Melo para a TV Vitória | RecordTV