Polícia

Caso Íris: Justiça marca audiência de acusado de matar enfermeira grávida no ES

Justiça também negou o teste de insanidade pedido pela defesa de Cleilton Santana dos Santos

Redação Folha Vitória

Foto: Montagem Folha Vitória

A Justiça do Espírito Santo marcou a primeira audiência do processo da morte da enfermeira grávida Íris Rocha de Souza, de 30 anos, para 19 de setembro de 2024. O corpo da jovem foi encontrado coberto de cal em uma área rural de Alfredo Chaves, no início do ano.

Na data, durante a primeira etapa, serão ouvidos o acusado Cleilton Santana dos Santos, ex-namorado da vítima e principal suspeito do crime, além de outras partes do processo. 

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Além disso, o juiz de Direito Arion Mergár, da Vara de Alfredo Chaves, negou o pedido da defesa que queria que fosse verificada a sanidade mental do acusado. O pedido foi feto no final de junho. 

Na época, o advogado de Cleilton, Rafael Almeida de Souza, informou ao Folha Vitória que pediu o exame por conta de uma contradição comportamental que o acusado demonstrou ao longo do processo.

"Ele negou, num primeiro momento, mas depois ofereceu todos os elementos para a conclusão do crime: arma, material biológico... Então, há essa contradição comportamental. Se o juiz entender cabível, ele vai indicar um perito e eu já indiquei dois assistentes", explicou.

Mas, o juiz Arion Mergár, informou que, foi verificado, por meio das provas colhidas, que o acusado não apresenta requisitos para a instauração do incidente de insanidade mental. “Uma vez que não há nos indícios de que o réu não era capaz de entender o caráter ilícito do fato”. 

Além disso, acrescentou que, “a capacidade mental do acusado mostra-se devidamente natural, afastando assim qualquer evidência de que não possua uma saúde mental saudável”. 

A reportagem do Folha Vitória tenta contato com o advogado de Cleilton Santana dos Santos.

Relembre o caso

O crime aconteceu em 11 de janeiro deste ano, na localidade de Carolina, em Alfredo Chaves. Cleilton, segundo a polícia, agiu de forma premeditada, levou a vítima a um lugar ermo, de mata e sem residências por perto, e fez quatro disparos de arma de fogo contra ela.

Na sequência, ele jogou o corpo de Íris em um terreno, despejando cal desidratado, com o objetivo de ocultar a localização e agilizar o processo de decomposição.

Durante as investigações, foi apurado que Cleilton e Íris mantinham um relacionamento em que ele exercia sobre a vítima extremo controle sobre suas atitudes e comportamentos, com sentimento de posse, não admitindo qualquer contrariedade, o que o levou a tirar a vida da vítima.

Cleilton foi preso no dia 18 de janeiro, no momento em que passava de carro com o advogado pelo posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Viana, na BR-262.

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