Polícia

Caso Íris Rocha: defesa de namorado que matou enfermeira pede teste de insanidade

Foi feita uma instauração para que se analise o pedido; se o juiz entender cabível, será nomeado um perito para fazer o teste

Carol Poleze

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação

A defesa de Cleilton Santana dos Santos, acusado de matar a namorada grávida de 8 meses, a enfermeira Íris Rocha, em janeiro deste ano, pediu um teste de insanidade do homem, denunciado como autor do assassinado da jovem. 

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Foi feita uma instauração para que se analise o pedido. Se o juiz entender cabível, será nomeado um perito para fazer o teste. 

Ao Folha Vitória, o advogado de Cleilton, Rafael Almeida de Souza, informou que pediu o exame por conta de uma contradição comportamental que o acusado demonstrou ao longo do processo.

"Ele negou, num primeiro momento, mas depois ofereceu todos os elementos para a conclusão do crime: arma, material biológico... então, há essa contradição comportamental. Se o juiz entender cabível, ele vai indicar um perito e eu já indiquei dois assistentes", explicou.

Caso o juiz aceite o pedido de teste e seja diagnosticado algum grau de insanidade, pode ocorrer uma semi-imputabilidade penal, com redução de pena para Cleilton.

No caso de ser diagnosticado a incapacidade de não entender a dimensão ilícita da situação, pode ocorrer, ainda, uma imputabilidade penal. Ou seja, Cleilton pode não responder criminalmente. 

Agora, o processo tramita no Tribunal de Justiça do Espírito Santo, no aguardo na análise do pedido da defesa da acusação.

Relembre o caso

O crime aconteceu no dia 11 de janeiro deste ano, na localidade de Carolina, em Alfredo Chaves. Cleilton, segundo a polícia, agiu de forma premeditada, levou a vítima a um lugar ermo, de mata e sem residências por perto, e fez quatro disparos de arma de fogo contra ela.

Na sequência, ele jogou o corpo de Íris em um terreno, despejando cal desidratado, com o objetivo de ocultar a localização e agilizar o processo de decomposição.

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Durante as investigações, foi apurado que Cleilton e Íris mantinham um relacionamento em que ele exercia sobre a vítima extremo controle sobre suas atitudes e comportamentos, com sentimento de posse, não admitindo qualquer contrariedade, o que o levou a tirar a vida da vítima.

Cleilton foi preso no dia 18 de janeiro, no momento em que passava de carro com o advogado pelo posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Viana, na BR-262.

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