CRIME BRUTAL

Mãe e filho foram mortos a marretadas por conta de dívida de R$ 10 mil

O suspeito, segundo a polícia, pegou dinheiro emprestado com a vítima e não pagou. Ele teria tido a ajuda da amante para planejar a morte da mulher

Redação Folha Vitória

Foto: Montagem Folha Vitória

O pequeno Igor Gabriel de Ambrósio, de 4 anos, e a mãe Priscila dos Santos Ambrósio, de 34 anos, foram mortos por conta de uma dívida. A Polícia Civil revelou que Priscila emprestou a juros o valor de R$ 10 mil ao suspeito do crime, que não fez o pagamento. 

As vítimas foram encontradas mortas no chão da varanda de casa, em 15 de julho, no bairro Nova Carapina I, na Serra. Os suspeitos do crime foram presos na noite de sexta-feira (19), no mesmo bairro. 

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Informações sobre o crime foram repassadas durante uma coletiva na manhã desta segunda-feira (22). Segundo as investigações, a vítima emprestou o dinheiro para o suspeito identificado como Ricardo Elias Santana, de 45 anos, que não faz o pagamento da dívida. 

Com a ajuda da amante Iavelina Noemia de Oliveira, de 34 anos, ele teria planejado o crime. Os dois usaram uma marretada para matar mãe e filho, segundo apontou a investigação. 

Como ocorreu o crime? 

Segundo a Polícia Civil, o homem explicou que, o casal foi até a casa da vítima com a justificativa de discutir como realizar o pagamento. No momento do crime, a suspeita teria ficado com o filho da vítima no quintal, enquanto o homem foi até a varanda e deu uma marretada em Priscila.

Sem que Priscila tivesse chance de se defender, o acusado pegou o instrumento, que estava na cintura, e deu o primeiro golpe na cabeça da vítima.

Enquanto a mulher pedia socorro, o filho correu e pediu para o suspeito parar com as agressões. No total, foram desferidos 18 golpes de marreta.

Entretanto, o homem percebeu que foi reconhecido por Igor, com isso deu oito marretadas na criança. Para a Polícia Civil, a mulher participou da organização e o acusado foi o executor.

Acusado furtou objetos e escreveu carta 

Após as execuções, o acusado furtou objetos como pertences, joias e celulares. Além disso, também deixou um bilhete na cena do crime. Entretanto, a Polícia Civil destacou que a ação teria sido realizada com o intuito de “confundir as investigações”. 

A marreta, usada no crime, foi localizada na casa do suspeito. 

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Marreta pode ter sido utilizada em outros crimes

Segundo o delegado titular da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa da Serra, Rodrigo Sandi Mori, a marreta pode ter sido utilizada pelo casal em outros crimes. 

"Além do homicídio da Priscila e o Igor, eles também são investigados por mais dois homicídios na Serra e também confessaram uma tentativa de homicídio que aconteceu em 9 de julho, seis dias antes do homicídio, também no interior de uma residência no bairro Nova Carapina I", explicou o delegado Rodrigo Sandi Mori. 

O delegado destacou que a motivação para a tentativa de homicídio contra o idoso também foi financeira, pois a vítima também era agiota. 

"Conheceu o suspeito do crime por um serviço de pintor que o suspeito realizou para essa vítima, e ela também era agiota. Emprestou R$ 4 mil para o suspeito do crime, a juros de 15% no mês de maio e no mês de julho a dívida estava em R$ 8 mil. Para não quitar a dívida, o suspeito decidiu matar a vítima com o apoio da mulher", narrou. 

"Crime bárbaro", descreveu secretário de Segurança Pública

Após a repercussão dos crimes, o secretário de Estado da Segurança Pública, Eugênio Ricas, chamou o crime de “bárbaro”, que choca até mesmo os policiais considerados mais experientes. 

"Crime bárbaro, que choca os mais experientes dos policiais, por conta de dinheiro dois monstros matam a marretadas uma mãe e uma criança de quatro anos. Isso mostra toda a crueldade, toda a  monstruosidade que o ser humano é capaz", narrou. 

*Com informações da repórter Suellen Araújo, da TV Vitória/ Record 

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