Monitor é denunciado por facilitar entrada de celular em presídio de segurança máxima do ES
Funcionário da Sejus teria passado o celular para um detento acusado de liderar tráfico em Cariacica e integrar o PCV. Aparelho seria usado para planejar fuga
Três pessoas foram denunciadas à Justiça pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES). Entre elas está um monitor de um presídio de segurança máxima do Estado que teria facilitado a entrada de um celular na unidade. O aparelho seria usado para planejar uma fuga.
Os alvos foram investigados na Operação Trash Bag, conduzida pelo Grupo Especial de Trabalho em Execução Penal do MPES.
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De acordo com a denúncia, um dos acusados, um monitor de ressocialização da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) que atuava Penitenciária de Segurança Máxima II, em Viana, teria aproveitado da função para facilitar a entrada de um aparelho celular na unidade.
Ele teria entregado para um detento, que também foi denunciado. Segundo o MPES, a entrega do aparelho ocorreu durante o recolhimento do lixo na cela do detendo.
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O Ministério Público também denunciou uma terceira pessoa, uma mulher que teria comprado o aparelho celular e feito as mediações e os repasses financeiros ao monitor de ressocialização, por meio de “laranjas”.
O órgão também pediu a prisão preventiva do detento e do monitor denunciado, bem como medidas de restrição de liberdade mais rigorosas à outra denunciada na ação.
Celular seria usado para planejar fuga
O celular, segundo a denúncia, seria utilizado para facilitar a comunicação entre os envolvidos, que planejavam uma fuga da unidade.
O Ministério Público informou que, no celular, foram encontradas fotografias enviadas pelo monitor ao detento, que exibiam a parte externa da unidade, o que seria o caminho a ser percorrido durante a fuga.
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O detento era líder do tráfico de drogas em um bairro de Cariacica e membro do alto escalão do Primeiro Comando de Vitória (PCV).
Segundo as investigações, ele pagaria ao monitor, a título de adiantamento, o valor de R$ 150 mil e, posteriormente, caso não houvesse êxito na fuga, mais R$ 150 mil e, ao fim, acaso o plano fosse exitoso, o valor de R$ 1 milhão.
Diante dos fatos, a Promotora de Justiça Luciana Almada de Magalhães Farias Chamoun e o Promotor de Justiça Flávio Campos Dias ofereceram
A reportagem procurou a Sejus e aguarda um posicionamento sobre a denúncia.