Polícia

Padrasto é preso por estuprar três enteadas e engravidar uma delas em Vila Velha

O suspeito, inclusive, chegava a controlar o ciclo menstrual das meninas para evitar que elas engravidassem e continuava a estuprar as vítimas

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: reprodução/sesp

Um homem, de 37 anos, morador de Vila Velha, foi preso em 27 de junho, no município de Cubatão (SP), suspeito de abusar sexualmente das três enteadas, que atualmente têm 16, 13 e 11 anos. Uma das vítimas chegou a engravidar do padrasto. 

De acordo com as vítimas, os abusos teriam começado quando elas tinham entre 10 e 11 anos e se arrastaram por, no mínimo, seis anos. 

O suspeito era casado com a mãe das meninas e, com ela, tinha mais dois filhos. Ao todo, havia sete crianças na casa, quatro meninos e as três meninas.

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Os abusos foram descobertos após a criança de 13 anos escapar de casa e conseguir acionar o Conselho Tutelar, que entrou em contato com a Polícia Civil. Um mandado de prisão preventiva foi expedido, mas o suspeito fugiu para São Paulo. 

"Ela tomou coragem e conseguiu sair de casa após descobrir que a irmã mais nova também estava sendo vítima de abusos, além de a mãe ser vítima de violência doméstica pelo homem", relatou o adjunto da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), delegado Leonardo Vanaz.

Por meio do uso do serviço de inteligência da Polícia Civil, o suspeito foi encontrado em uma favela de difícil acesso em Cubatão e preso pela Rota, da Polícia Militar daquele estado. 

Abusos não pararam com gravidez da vítima 

Por conta dos abusos, a vítima de 16 anos acabou engravidando do suspeito. A jovem relatou aos policiais que os estupros não pararam. Quando estava grávida de 8 meses, ela chegou a ser abusada duas vezes no mesmo dia. 

De acordo com o delegado, o suspeito chegou a coagir a vítima a contar para a mãe que a gravidez era resultado de um relacionamento com um colega da escola e teria tentado fazer com que a menina abortasse. 

O aborto não aconteceu e o bebê nasceu há quatro meses. Enquanto a jovem estava no hospital com a mãe para dar à luz, o suspeito aproveitou a ausência para abusar das outras duas garotas. 

Vanaz relata que o homem, inclusive, chegava a controlar o ciclo menstrual das meninas para evitar que elas engravidassem e continuava a estuprar as vítimas. 

"Era um crime realmente bárbaro. Ele controlava o ciclo menstrual das meninas para continuar abusando, fez várias tentativas de abortar a gravidez da vítima, mas mesmo assim, o bebê acabou nascendo. Ele tem quatro meses hoje. Esses estupros faziam parte do dia a dia delas", disse. 

Suspeito fazia com que mãe saísse de casa para estuprar vítimas 

Ainda segundo Vanaz, o homem fazia com que a mãe das meninas saísse de casa para que pudesse cometer os abusos. 

Além disso, ele também se aproveitava dos momentos em que a família estava dormindo para perseguir as  garotas. 

De acordo com o delegado, o suspeito pedia para que a mulher saísse para comprar bebida ou perseguia as jovens até o banheiro, onde as trancava para cometer os abusos. 

"Ele mandava a mãe das meninas ir comprar cerveja, para que ele pudesse cometer os abusos. Quando eles iam a algum evento, ele voltava mais cedo para casa praticar os abusos. Ele fazia de várias formas. Esperava o restante da família dormir. Quando elas iam ao banheiro, ele por vezes seguia elas", conta.  

O delegado explica que a família vivia em contexto de pobreza, passando muitas vezes por insegurança alimentar e por outras dificuldades. Os familiares dependiam financeiramente do suspeito, que trabalhava com serviços gerais. 

Ainda de acordo com o delegado, não há indícios de que a mãe soubesse dos abusos e que as meninas relatam que foram acolhidas por ela após contar sobre os estupros. 

"Não há indícios de que a mãe tenha sido omissa. As três meninas dizem que ela não sabia e que apoiou todas elas assim que ficou sabendo de todos os crimes", disse. 

O homem está preso em São Paulo, capital, e responderá pelos crimes de estupro e estupro de vulnerável. O inquérito já foi concluído e, segundo o delegado, a transferência do suspeito para o Espírito Santo depende da Justiça. 

O delegado-geral da Polícia Civil do Espírito Santo, José Darcy Arruda, definiu os crimes cometidos como hediondos. 

"Este é um crime hediondo, estamos falando de um estuprador, um pedófilo, um homem que não merece nenhum tipo de consideração. Ele precisa pagar pelo que fez", afirmou. 

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