Polícia

PM vai começar a usar 200 câmeras nas fardas a partir de outubro

Segundo o coronel André Có, policiais do BPtran e da 12ª Companhia Independente serão os primeiros a utilizarem o equipamento

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

A implementação e uso das câmeras corporais por policiais militares no Espírito Santo devem começar em meados de outubro. Os dispositivos começarão a ser utilizados por 200 policiais do Batalhão de Trânsito (BPTran) e da 12ª Companhia Independente da Polícia Militar.

Em entrevista ao Folha Vitória, o subsecretário de Estado de Comando e Inovação, Coronel André Có, disse que o processo foi finalizado. “Apenas aguardando o retorno para iniciarmos o contrato. E, após, teremos 30 dias para o equipamento chegar e 30 dias para instalar e começar a utilização”. 

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O subsecretário afirmou ainda que a ação será iniciada pelo Batalhão de Trânsito e pela 12ª Companhia Independente, responsável pelos bairros Jardim Camburi e Jardim da Penha.

“O batalhão, por ser uma área fixa, tem um grande número de embates entre policiais e motoristas durante as blitze, principalmente nos casos de alcoolemia. E na 12ª Cia, há a questão geográfica, com fatores socioeconômicos, além de que recentemente tivemos um caso de injúria racial envolvendo um cidadão“, disse o coronel André Có. 

Câmeras ficarão ligadas 24h por dia? 

De acordo com a autoridade, as câmeras não ficarão ligadas 24h por dia. A situação acontece devido ao consumo de bateria e processamento de arquivos gerados durante as gravações. 

“É uma câmera com um processamento muito complexo. São dispositivos que geram arquivos gigantescos. A gente precisa estar preparado para processar”, disse. 

Além disso, se o policial tiver ativado o dispositivo, ele também poderá desligá-lo. Entretanto, caso a ação tenha sido iniciada pelo Ciodes, não será possível interromper a gravação durante o acionamento. 

Como elas vão funcionar? 

Em um primeiro caso, a partir do acionamento do Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes), o equipamento será ligado. “No momento em que a guarnição for acionada, vai começar a gravar automaticamente”. 

Além disso, o policial que está em atuação na rua, ao se deparar com uma ocorrência, poderá começar a gravar. “Terá uma norma em que o policial vai ter que acionar a câmera”. 

Policiais podem desligar o aparelho? 

O coronel também disse que os próprios militares poderão desligar os aparelhos. “Temos a privacidade do militar em alguns momentos durante o serviço. Eles trabalham 12h e não seria possível o funcionamento ininterrupto”. 

Durante o início do projeto, também é explicado que serão avaliados todos os prós e contras da utilização do aparelho pelos policiais militares em serviço. 

“Vamos medir os aspectos de mobilidade do policial com a câmera. Além disso, temos a questão de segurança, de maneabilidade. Existe um protocolo de estudo de caso, para no Brasil todo ter uniformidade das equipes que usam as câmeras”, disse o coronel. 

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Repórter do Folha Vitória, Maria Clara de Mello Leitão
Maria Clara Leitão Produtor Web
Produtor Web
Formada em jornalismo pelo Centro Universitário Faesa e, desde 2022, atua no jornal online Folha Vitória