Seis empresas localizadas na Serra e em Vitória foram interditadas suspeitas de aplicarem golpes do “falso consórcio” durante a 4ª fase da Operação Consórcio Fake, deflagrada pela Polícia Civil nesta quinta-feira (4).
As empresas foram identificadas como: Bulhões e Santos Representações; Finex Consultoria e Investimentos; S Correa Serviços Financeiros; Queiroz Representações; CW Representações e Grupo Queiroz filial 1.
A Operação Consórcio Fake foi iniciada no dia 24 de julho de 2023 e até o momento, 16 empresas já foram fechadas ao longo das fases deflagradas.
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Segundo o titular da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor, delegado Eduardo Passamani, o golpe do consórcio consiste em empresas que publicam propaganda enganosa. Desta forma, o consumidor é induzido ao erro.
“O indivíduo tem uma promessa de financiamento. Quando chega no local, é induzido ao erro e acaba assinando um contrato de consórcio. Eles prometiam contemplação, que em pouco tempo estaria com o imóvel ou carro, mas avisavam que era um consórcio e as vítimas perdiam o dinheiro da entrada”, destaca o delegado.
O grupo criminoso conta até mesmo com membros de fora do Espírito Santo. “Existem indícios de que a organização começou com uma pessoa de fora do Estado e trouxe o esquema criminoso”.
Mudança de estratégia na ação
Segundo o delegado, durante a 4ª fase houve uma mudança de estratégia nas atuações, que eram focadas nas prisões. “Percebemos que quando tínhamos o foco na prisão, os acusados acabavam sendo colocados em liberdade e não conseguíamos fechar as empresas”.
Ele também informou que o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) começou a fazer parte das ações e, desta vez, os mentores dos crimes também serão investigados. “A intenção é tentar responsabilizar com penas mais severas e evitar que os consumidores caiam no golpe”.
Os detidos nas outras três fases iniciais da operação foram denunciados pelo MPES e as investigações continuam.
O que é o golpe do falso consórcio?
O golpe do falso consórcio funciona da seguinte forma: os criminosos publicam anúncios de imóveis, terrenos ou veículos em sites de compra e venda em redes sociais, com valor bem abaixo do mercado.
Os clientes interessados entram em contato e são convencidos a irem até a empresa para acertar detalhes do financiamento e do valor que será pago de entrada. Neste momento, são induzidos ao erro e assinam um documento falso do consórcio.
“Eles prometiam uma contemplação, diziam que em pouco tempo a pessoa estaria com o veículo ou o imóvel. Mas quando iam reclamar falavam que era um consórcio e acabavam perdendo o dinheiro da entrada”, disse Passamani.
Outras fases aconteceram em 2023 e início de 2024
A Operação Consórcio Fake foi iniciada no dia 24 de julho de 2023, até o momento, 16 empresas já foram fechadas ao longo das fases da operação.
Na primeira fase, duas empresas de consórcio foram interditadas em Vila Velha e Vitória. Na ocasião, quatro pessoas foram presas em flagrante.
Já na 2ª fase, realizada em 15 de agosto de 2023, mais três empresas de consórcio foram interditadas e quatro pessoas foram detidas em flagrante, além da apreensão de bens e veículos, elevando o número total de empresas interditadas para sete.
Na 3ª fase da Operação, realizada em 02 de maio de 2024, três suspeitos foram detidos e uma empresa foi interditada.
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O jornalismo da Rede Vitória entrou em contato com as empresas interditadas nesta quinta-feira e aguarda posicionamento. Este texto será atualizado assim que houver as devidas manifestações.
