Uma operação policial na Grande Vitória apreendeu na manhã desta quinta-feira (19) cerca de 40 mil metros de fios e cabos elétricos considerados de fabricação irregular. Os fios foram vendidos por uma fábrica da Serra que já havia sido interditada no dia 10 de agosto. O dono da empresa, que é morador do bairro Praia do Canto, em Vitória, foi preso na primeira fase da Operação Elétron.
Um total de 10 empresas nas cidades de Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica foram fiscalizadas em uma ação da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor, integrada com a Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa e com o Instituto de Pesos e Medidas do Espírito Santo (IPEM-ES).
Uma das empresas estava instalando a fiação em iluminação pública para uma prefeitura da Grande Vitória, que ainda não teve o nome revelado.
Mais informações serão repassadas durante coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira.
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Fios elétricos causam superaquecimento e curtos-circuitos
A partir do laudo do IPEM-ES foi constatado que os fios elétricos da empresa, vendidos para todo o país, apresentavam irregularidades de fabricação.
Além disso, esses produtos poderiam causar superaquecimento da rede de energia, curtos-circuitos e contribuir com a alta do consumo de energia, gerando aumento na conta de quem utilizava.
A fábrica na Serra vendeu produtos irregulares para hospitais, igrejas, escolas, construtoras e diversas lojas de material de construção. As lojas, por sua vez, revenderam a mercadoria para um número incalculável de consumidores finais.
Segundo a polícia, tal situação representa um verdadeiro risco à vida de inúmeros consumidores, já que os fios elétricos irregulares produzidos pela fábrica eram capazes de causar superaquecimento da rede de energia, curto circuitos e até mesmo incêndios. Além disso, podem aumentar significativamente o consumo de energia elétrica, gerando um aumento da conta do consumidor.
Ainda de acordo com a polícia, a empresa interditada distribui mercadorias para pelo menos 10 estados brasileiros e para todo o Espírito Santo.
O dono da fábrica já havia sido detido, em 2019, pelo mesmo crime. No entanto, na ocasião, ele pagou uma fiança de R$ 100 mil e foi liberado.