Cadeirante idosa de 68 anos é assassinada em Vitória
Suspeito é o próprio marido, que foi preso, depois que uma testemunha ouviu gritos vindos da casa da idosa e procurou a Polícia Militar
Uma idosa de 68 anos, identificada como Marilene Ferraz de Oliveira, foi assassinada na tarde desta quarta-feira (10), na Grande São Pedro, em Vitória. O companheiro dela, de 73 anos, é o principal suspeito. O casal morava na Rodovia Serafim Derenzi.
A vítima, que era cadeirante, foi morta a facadas e encontrada com o pescoço cortado. De acordo com Karla Tatiene, filha única da vítima, ela esteve com a mãe momentos antes do crime e o suspeito tentou agredi-la. "Fui pra casa dela às 11h e fiquei até 13h30. Ele chegou bêbado e ameaçou bater na cara dela. Entrei na frente e disse que ele não ia bater nela. Ela mandou ele ir embora e disse: 'Eu vou mas você vai também'", relembra.
Segundo a polícia, por volta das 16h desta quarta, uma testemunha contou que ouviu os gritos da mulher. Em seguida, ela viu o momento em que o suspeito saiu da casa com uma mochila e roupas ensanguentadas. Diante disso, a testemunha foi até a base da Polícia Militar, que fica em São Pedro e explicou a situação.
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Os agentes localizaram o suspeito que estava próximo à casa da filha da vítima. Ele foi encaminhado para o Plantão Especializado da Mulher, em Vitória. Segundo a Polícia Militar, ele apresentava sinais de embriaguez e não quis explicar o que motivou o crime.
A Polícia Civil foi acionada e o corpo da vítima foi encaminhado para o Departamento Médico Legal.
Filha diz que agressões feitas pelo companheiro da mãe a deixaram na cadeira de rodas
A filha da idosa assassinada foi alertada por telefone por uma vizinha de que algo havia acontecido, após o suspeito sair da casa carregando roupas ensanguentadas.
Karla foi até lá e encontrou a mãe já morta, caída no chão.
A idosa vivia com o suspeito há cerca de sete anos. O relacionamento, segundo os vizinhos, sempre foi conturbado.
Para Karla, foram as agressões sofridas pela vítima que trouxeram a necessidade do uso de cadeira de rodas. "Em 2019, ele bateu nela e foi preso por 110 dias. Minha mãe reclamava que ele batia nela. Ficou cadeirante porque ele batia nela", insistiu.
Com informações da repórter Gabriela Valdetaro, da TV Vitória/Record TV