Operação Sicário IV: polícia prende sete pessoas ligadas ao tráfico de drogas na Grande Vitória
Operação teve objetivo de desarticular organizações criminosas que atuam no tráfico de drogas e promovem confrontos
Setes pessoas foram presas na quarta fase da operação Sicário, deflagrada pela Polícia Civil na manhã desta quarta-feira (24) nas cidades de Vitória e Vila Velha. Segundo as investigações, todos os detidos estão ligados ao tráfico de drogas. Os agentes também apreenderam armas e entorpecentes.
A operação aconteceu nas primeiras horas da manhã e envolveu mais de 100 policiais. Pelo mar, as equipes cercaram o morro Jesus de Nazareth, na capital. O Batalhão Ambiental apoiou o trabalho de busca com uma embarcação já que a área é uma rota de fuga marítima.
"Com planejamento essa operação levou desequilíbrio de forças no crime organizado. Resolvemos investigar os morros que integram o Primeiro Comando de Vitória e, por isso, escolhemos Jesus de Nazareth", explica o titular do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, delegado Romualdo Gianordoli Neto.
Prisões
Segundo a Polícia Civil, entre os presos nesta fase da operação, está um homem que foi baleado em um confronto com a PMs, na semana passada, em Jesus de Nazareth. "Esse confronto com a PM gerou instabilidade na região. Ele foi baleado na perna. Nem hospitalizado foi, ele fugiu na ocasião", detalha o delegado.
Um homem suspeito de fornecer drogas para os traficantes dos morros de Vitória também foi preso. A detenção foi feita em Cobilândia, em Vila Velha.
Chefe do tráfico está foragido
Apesar das prisões nesta fase da Sicário, o principal alvo da operação não foi detido. Jeferson da Silva Ramos, de 29 anos, conhecido como Morango, se tornou foragido desde 2019, quando foi contemplado com uma saída temporária e não retornou à prisão. O suspeito cumpria pena na Casa de Custódia de Vila Velha, na Grande Vitória.
Segundo a Polícia Civil, ele cumpre as ordens do traficante que comanda o tráfico no local, identificado como Pablo Bernardes, o Geleia.
Ramos assumiu o comando depois que Pablo foi preso em 2020 em um apartamento de alto padrão, em Bento Ferreira. Os agentes afirma que, da prisão federal em Rondônia, ele dita as regras.
"Pablo Bernardes é o chefe máximo, o Geleia. Ele foi mandado para presídio federal em Rondônia. Na linha hierárquica, abaixo dele é Jeferson Ramos, o Morango, que teve saída temporária e não voltou. Não fica no morro e tem outros vários gerentes e prendemos alguns deles", aponta o delegado Gianordoli.
Ao todo foram cumpridos 32 mandados de busca e apreensão e 12 de prisão, sendo que sete pessoas envolvidas com o tráfico de drogas foram presas. Foram apreendidas uma pistola com seletor de rajada e numeração raspada, 478 pinos de cocaína, 16 tabletes e 545 buchas de maconha, 16 vidros de lança perfume, além de munições de diferentes calibres e R$ 2.100 em espécie.