O secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, coronel Alexandre Ramalho, defendeu a necessidade de punições mais duras para os criminosos. “O vagabundo só aprende na tranca, no presídio”, afirmou.
A declaração foi dada nesta terça-feira (29) durante o ES no Ar, da TV Vitória/Record TV em entrevista sobre a perseguição e confronto que aconteceu na Avenida Leitão da Silva, em Vitória, na segunda-feira (28).
“Precisamos discutir as ações com todos os ‘atores’ que permeiam a segurança pública. Temos que punir o criminoso para que ele sinta com a legislação. O vagabundo só aprende na tranca, no presídio. É lá que ele sentirá o peso do que ele fez”, destacou o secretário.
Ramalho avaliou que a Leitão da Silva vem sendo “palco” de ações violentas de criminosos e foi enfático: “Entretanto, não vamos recuar, vamos continuar trabalhando para combater criminosos e homicidas”.
Durante a entrevista, Ramalho também explicou que o homem morto e os dois suspeitos baleados possuíam uma extensa ficha no mundo do crime.
>> Quer receber nossas notícias 100% gratuitas? Participe da nossa comunidade no WhatsApp ou entre no nosso canal do Telegram!
Demandada pelo Folha Vitória, a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) descreveu quem são os envolvidos no confronto:
– Cleiton Gomes Serafim, de 24 anos, que morreu durante o confronto. O homem era fugitivo do sistema penitenciário e tinha mandado de prisão em aberto por tráfico de drogas;
– Jonathan dos Santos Silva – foi um dos baleados durante o confronto;
– Fernando João dos Santos – também foi baleado durante o confronto;
– O nome do quarto envolvido ainda não foi divulgado.
“Não dá para a sociedade e nós, policiais, ficarmos sendo diariamente confrontados por esses indivíduos armados, criminosos perigosos, violentos, irresponsáveis e inconsequentes”, finalizou.
O secretário, que também integra o Conselho Nacional de Segurança Pública, defendeu a importância de discutir com todos os agentes do setor medidas para garantir a segurança durante as ações, como também ações voltadas para o psicológico dos policiais.
“Temos que dar apoio aos nossos policiais. Só quem participa de uma ação de confronto armado sabe o estresse que é durante e depois. O problema recai no colo da família desses operadores de segurança pública, que vão ter que contornar todo o sofrimento psicológico que esses operadores passam”, disse Ramalho.
>> Perseguição, pneu furado, granada e morte: veja o ponto a ponto do confronto na Leitão da Silva
Um morto e três feridos na Leitão da Silva
Um homem morreu e outros três foram baleados durante a tarde desta segunda-feira, após uma troca de tiros entre policiais e bandidos na Avenida Leitão da Silva, uma das principais de Vitória. O crime foi registrado em frente a um hospital particular, em Itararé.
A perseguição começou na Avenida Adalberto Simão Nader, quando a Guarda Municipal de Vitória identificou um carro com suspeitos de terem participado de um homicídio na Ilha do Príncipe na última sexta-feira (25).
A perseguição continuou, até que, na Leitão da Silva, o carro dos suspeitos foi cercado e os homens atiraram contra os agentes. Várias radiopatrulhas da Polícia Militar participavam do cerco, assim como da Guarda. Dentre os baleados está um homem que trabalhava na região e foi vítima de bala perdida.
LEIA TAMBÉM: “Só quem participa de um confronto armado sabe da dificuldade”, diz coronel Ramalho
