Polícia

Acusado de matar ex-mulher em Atílio Vivácqua é condenado a 30 anos

Quando o crime ocorreu, Thielly Beneta Grechi havia se separado do acusado há 15 dias e tinha uma medida protetiva por violência doméstica contra ele

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: redes sociais

A Justiça condenou na segunda-feira (12) Maycon da Silva Macedo a 30 anos e 6 meses de prisão pelo assassinato da ex-mulher, Thielly Beneta Grechi, de 26 anos. O crime ocorreu no dia 23 de julho de 2023. 

Maycon já está preso e foi condenado por homicídio triplamente qualificado, especialmente por feminicídio, de acordo com o Ministério Público do Espírito Santo (MPES). 

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Quando o crime ocorreu, Thielly havia se separado do acusado há 15 dias e tinha uma medida protetiva por violência doméstica contra o ex-companheiro. 

A vítima foi atingida por três tiros nas costas dentro de casa. O crime foi testemunhado pelas filhas dela. 

Relembre o caso

Foto: Reprodução / Redes Sociais

Thielly Beneta Grechi, de 26 anos, mãe de três meninas, com idades de 3, 4 e 6 anos, foi assassinada com três tiros nas costas dentro de casa, em Alto São José, zona rural de Atílio Vivácqua, região Sul do Espírito Santo. 

A Polícia Militar relatou que ao chegar ao local, equipes encontraram o pai de Thielly, que relatou que a jovem teria sido morta pelo seu ex-companheiro. 

O homem relatou ainda que o crime teria sido presenciado por suas netas, que o avisaram do ocorrido. Buscas foram realizadas, mas o suspeito não foi localizado no momento do fato.

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A jovem e o ex-companheiro ficaram juntos por quase 8 anos, tiveram três filhas e o relacionamento foi marcado por ciúmes e muitas brigas, de acordo com a mãe da vítima.

Neste período, segundo a família, o suspeito chegou a ser preso e, mesmo assim, Thielly fazia tudo o que podia para ajudá-lo.  

Diante de tantas brigas, Thielly decidiu que queria se separar, mas Maycon não aceitava o término do relacionamento. A família diz que o homem fazia muitas ameaças, inclusive na frente das filhas.

"Nos últimos meses, ela queria se separar, mas ele não queria, só falava que ia embora e não ia. Até que ela começou a trabalhar e, desta vez, passou a enfrentá-lo, falando que não ia sair do trabalho. Com isso, ele fazia muitas ameaças, chegando a colocar um canivete no pescoço dela na frente das filhas. Foi aí que ela fez um boletim de ocorrência contra ele e saiu a medida protetiva. A polícia foi lá e tirou ele da casa, mas ele continuava conversando com ela por telefone e ameaçando ela. Ele já estava com esse pensamento de matar ela há mais de um mês", relatou a mãe em entrevista ao Folha Vitória à época do crime. 

Maycon se entregou à polícia após cerca de duas semanas foragido, no dia 7 de janeiro de 2024.