Polícia

Jovem denuncia ter sido agredido por PMs em abordagem em Guarapari

Segundo a Polícia Militar, a vítima seria suspeita de integrar o tráfico de drogas da região e teria escorregado em uma ribanceira durante a abordagem

Redação Folha Vitória

Foto: Reprodução TV Vitória

Um adolescente, de 16 anos, que teria sido agredido por policiais militares durante uma abordagem, está internado em estado grave em um hospital de Vitória. O caso aconteceu na noite de quinta-feira (29) no bairro Santa Mônica, em Guarapari. 

Segundo informações da Polícia Militar, a vítima, suspeita de integrar o tráfico de drogas da região, teria escorregado em uma ribanceira durante uma abordagem. A versão que teria sido desmentida pelas testemunhas. 

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Os policiais informaram que, durante a abordagem, o adolescente estava com outros quatro homens. Na versão de um dos soldados, o garoto estava escondendo cocaína debaixo da blusa. 

Diante da situação, o adolescente teria afirmado que levaria os policiais até uma região de mata para mostar o restante das substâncias. 

Nesse momento, de acordo com os militares, o adolescente teria tentado fugir e entrou em luta corporal. Em versão oficial, após a briga, ele teria escorregado em uma ribanceira e batido a cabeça em um muro. 

O adolescente foi levado à Unidade de Pronto Atendimento de Guarapari e, em seguida, transferido ao Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE). 

Testemunha narrou outra versão para a história

Em entrevista para a TV Vitória/ Record, uma testemunha, que preferiu não ser identificada, contou uma outra versão para a história. 

"Eles chegaram falando que lá era um ponto de tráfico e eles queriam as drogas mas como eles não acharam nada eles levaram ele para um canto e tentaram forjar ele de alguma maneira, mas ele não estava com nada", contou a testemunha. 

O adolescente foi socorrido e levado para um hospital da região e depois transferido para o Hospital São Lucas, em Vitória onde está internado em estado grave. 

Segundo a família da vítima, que contratou uma advogada, o adolescente não possui histórico criminal. Além disso, a advogada diz que houve excesso de força na ação policial. 

A Polícia Militar acrescentou que "qualquer cidadão que se sentir prejudicado em uma abordagem da PMES pode procurar a Corregedoria da instituição e realizar a denúncia, munido de provas". 

 *Com informações da repórter Nathália Munhão, da TV Vitória/ Record 

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