"FOLLOW THE MONEY"

Fraude de juízes: presa dupla que recebia milhões de reais desviados de heranças

Os dois presos foram os principais responsáveis por receberam os valores, movimentando cerca de R$ 6 milhões no total

Carol Poleze

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação / Sejus

Deram entrada no sistema prisional do Espírito Santo as duas principais pessoas responsáveis por receber, por meio de transferência bancária, o dinheiro do esquema fraudulento envolvendo advogados e juízes

Eles são:

Ricardo Nunes de Souza
Veldir José Xavier

Eles são investigados na operação Follow the Money, do Ministério Público do Espírito Santo (MPES). A informação foi confirmada pela Secretaria Estadual de Justiça (Sejus).

Ricardo, inclusive, é apontado como o líder do esquema, segundo o documento que a reportagem da Folha Vitória teve acesso.  

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Dentre os envolvidos no esquema dos juízes Mauricio Camatta Rangel e Bruno Fritoli Almeida, três pessoas (dois advogados e um administrador) do esquema recebiam as transferências bancárias.

Os investigados emitiram oito alvarás fraudulentos para levantar a quantia de R$ 7 milhões na conta destas três pessoas. Estes dois presos, Ricardo e Veldir, foram os principais responsáveis por receberam os valores, movimentando cerca de R$ 6 milhões no total.

Um terceiro participante, um advogado, recebeu uma única transferência no valor de R$ 1 milhão. Ele também teve o pedido de prisão preventiva e segue foragido.

De acordo com o MPES, o advogado preso é apontado como o líder da organização criminosa, que recebeu, direta ou indiretamente, as quantias. 

Ele se apresenta com o “ponto comum” em todas as demandas, pois os valores, em todos os casos, passaram por contas do investigado. Já o administrador também preso foi responsável por repassar boa parte dos valores ao advogado. 

Os alvos do esquema criminoso eram pessoas falecidas, que não teriam herdeiros necessários ou interessados, com grandes valores em contas de instituições financeiras ou imóveis. 

A equipe de reportagem tenta contato com a defesa dos envolvidos. O espaço segue aberto para manifestação. 

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