“Estava com o homem armado”, diz PM sobre caixa de supermercado morta em Vitória
O namorado de Priscila Daniel também foi baleado e passou por cirurgias. A Polícia Militar diz que eles estavam com um suspeito de 23 anos, que foi preso com arma
A Polícia Militar afirmou que a funcionária de supermercado Priscila Daniel, de 34 anos, morta após ser atingida por um tiro na cabeça em um suposto tiroteio em Vitória, “estava com bandidos armados”.
O caso foi registrado na madrugada de domingo (18) na Ilha do Príncipe. O namorado da vítima também foi atingido pelos disparos. Segundo testemunhas, ele passou por quatro cirurgias e o estado de saúde é delicado. A mulher chegou a ser levada para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
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Em entrevista ao Balanço Geral, da TV Vitória, o capitão Secchin, da Polícia Militar, descreveu que as informações estão sendo averiguadas, mas é possível afirmar que Priscila estava com o namorado e um homem armado.
"Essas informações estão sendo averiguadas, inclusive estamos esperando os laudos para fazer a balística, a comparação de balística. Mas o que podemos afirmar é que ela estava no local durante a primeira troca de tiros junto com o indivíduo armado", descreve o capitão Secchin.
Ele também acrescentou: “O outro rapaz estamos investigando qual o envolvimento. Com ele foi apreendida uma arma”.
O namorado de Priscila também foi atingido pelos disparos. Já o rapaz alvo da perseguição tem 23 anos e foi preso com uma arma. Segundo a polícia, ele tentou fugir e foi parar na Vila Rubim, onde acabou baleado. Ele foi levado para um hospital, mas o estado de saúde não foi informado.
Versão da PM é contestada pelos familiares da vítima
A versão dada pela Polícia Militar sobre o crime é contestada pelos familiares das vítimas. Para a família, Priscila e o namorado não possuem nenhuma ligação com o tráfico, nem com o suspeito.
Priscila era do interior do Estado, da cidade de Conceição do Castelo, e há um ano e meio para trabalhar em Vitória. Há cerca de um ano ela conheceu o namorado, que mora na Ilha do Príncipe.
Em entrevista ao Balanço Geral, uma prima do namorado da funcionária de supermercado, que preferiu não ser identificada, afirmou que o casal estava voltando do Vital e parou para tomar uma cerveja.
"Eu sei que ele não teria coragem para fazer isso (trocar tiro com a polícia), até porque tem um coração muito bom. Ele é uma pessoa muito boa", finalizou a prima.
O capitão Secchin descreveu que as armas dos policiais foram recolhidas para o exame de balística, que vai apontar de onde saiu o tiro que matou Priscila.
Por meio de nota, a Polícia Civil informou que o caso seguirá sob investigação do Serviço de Investigações Especiais (SIE) do Departamento Especializado de Homicídios e Proteção à Pessoa (DEHPP), que apura ocorrências de confronto com agentes de segurança do Estado.
A ocorrência, junto ao material apreendido, foi entregue na Delegacia Regional da Vitória. O suspeito detido, de 23 anos, conduzido pela Guarda Municipal de Vitória para a delegacia, foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma de fogo e encaminhado ao Centro de Triagem de Viana.
A arma apreendida será encaminhada para o setor do Departamento de Criminalística - Balística, da Polícia Científica, juntamente com as munições e carregadores.