CRIME EM FEU ROSA

Homem que matou madrasta na Serra queria dinheiro para drogas, diz polícia

Eduardo Medeiros Bicalho, de 39 anos, foi preso três dias após o crime, durante uma abordagem policial na cidade de Conselheiro Pena, em Minas Gerais

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Montagem / Folha Vitória

O suspeito de assassinar a madrasta Solange Ferreira de Souza, de 54 anos, em Feu Rosa, na Serra, teria cometido o crime porque queria dinheiro para comprar drogas. No dia do crime, registrado no dia 10 de agosto, o enteado da vítima a atacou com o cabo de uma guitarra e golpeou o rosto e pescoço com uma faca. 

O enteado, identificado como Eduardo Medeiros Bicalho, de 39 anos, foi preso três dias após o crime, durante uma abordagem policial na cidade de Conselheiro Pena, em Minas Gerais.

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Em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (16), a chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), delegada Raffaella Aguiar, disse que o acusado confessou o crime, que teria sido motivado por uma discussão envolvendo dinheiro para comprar drogas. 

"Ele informou que praticou o crime motivado por uma discussão. Essas brigas eram habituais em casa e as discussões também. Isso porque ele pedia dinheiro para comprar drogas, mas era negado pelo casal", descreve a delegada. 

Segundo a delegada, o enteado pegou uma guitarra e deu golpes no corpo da vítima com o instrumento. “Não satisfeito, ele pegou uma faca e passou a desferir vários golpes da face e no pescoço. Isso demonstrou uma crueldade absurda”. 

Corpo da vítima foi encontrado pelo marido 

O corpo da vítima foi encontrado pelo marido ao chegar em casa após o dia de trabalho. “Ele se deparou com a cena de horror, da esposa toda desfigurada”. 

Durante a ação, o homem percebeu a presença de pegadas no chão, que iam até o quarto do filho. “Ele viu que as gavetas da comoda estavam sem as roupas. Ninguém conseguiu mais contato com o investigado, o que já sugeria que ele fosse o autor do crime”.

Criminoso fugiu para cidade em Minas Gerais

O suspeito informou para a Polícia Civil que, após cometer o crime, o suspeito foi até o bairro de Jacaraípe, na Serra. No local, ele conseguiu uma carona até Baixo Guandu, na região Noroeste do Estado. 

Depois, ele contou que caminhou até a cidade de Conselheiro Pena, em Minas Gerais. Entretanto, a polícia não confia na versão. 

“Acho improvável que ele tenha feito esse percurso andando, mas não posso falar que não aconteceu. Ainda existem muitas pessoas de bom coração, ele pode ter pegado carona”, narrou a delegada.

Enteado foi abordado pela polícia de Minas Gerais 

Segundo a Polícia Civil, o homem foi abordado por uma equipe do Estado de Minas Gerais em uma abordagem padrão. 

"Entraram em contato conosco e falamos que poderiam dar cumprimento ao mandado de prisão temporária. Eles fizeram e a polícia de lá cordialmente realizou o interrogatório do investigado, que confessou a prática do crime", descreveu a delegada. 

Vizinhos, familiares e parentes das vítimas narraram para a polícia que o acusado ameaçava constantemente os familiares. Mas, em nenhuma das ameaças, eles procuraram a polícia. 

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Com isso, a delegada fez um alerta para que vítimas dessas agressões procurem a Polícia Civil e realizem um boletim de ocorrência. 

"Relate para a polícia, faça o BO, pois as autoridades, o poder público vai poder já começar a olhar aquela violência e tenta achar formas de auxiliar a pessoa a sair desse ciclo. A violência começa de uma forma verbal, físicas e não raro uma morte", finaliza a delegada. 

“Requintes de crueldade”, diz delegado-geral

O delegado-geral da Polícia Civil (PCES), José Darcy Arruda, disse que Eduardo Medeiros Bicalho realizou o crime com requintes de crueldade, perversidade, com maldade. Ele está preso em cumprimento ao mandado de prisão temporária.

“Ele fez com requintes de crueldade, com muita perversidade, com maldade e eu espero que ele agora cumpra a sua pena, que ele pague a justiça pelo crime que ele praticou. Tirou a vida dessa senhora, que o criou praticamente como mãe", disse Arruda.
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