Polícia

Juiz do ES alvo de operação já teve nomeação anulada, mas voltou ao cargo após decisão da Justiça

Bruno Fritoli Almeida é um dos alvos da operação sobre lavagem de capitais, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude processual e falsidade documental

Carol Poleze

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação/TJES

Um dos juízes alvo da operação do Ministério Público do Espírito Santo (MPES), já teve a nomeação anulada pelo Tribunal de Justiça do Estado, mas retomou ao cargo após uma nova decisão da Justiça. 

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Bruno Fritoli Almeida teve a nomeação do cargo de juiz substituto do egrégio Tribunal de Justiça do Espírito Santo revogada em novembro de 2023. 

Na época, a Justiça entendeu que houve violação nos processos da prova oral durante o concurso para o magistrado. Ao final do concurso, em 2015, ele pediu para realizar uma nova prova oral e, assim, foi nomeado. 

Dois anos depois, em 2017, ele passou pelo vitaliciamento do cargo, período que dura dois anos para garantia da vitaliciedade da magistratura de um juiz. Ou seja, ele pode perder o cargo somente em decorrência de sentença judicial transitada em julgado.

No ano passado, o TJES anulou a nomeação do juiz. O Tribunal alegou que houve violação durante os processos do concurso público. Contudo, em julho deste ano, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) emitiu decisão favorável a Bruno e ele retomou a função. Veja a decisão:

Decisão CNJ Bruno

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Juiz alvo de investigação é preso  

Bruno Fritoli Almeida volta a ter o nome envolvido em ações na Justiça. Nesta quinta-feira (1º), ele foi alvo de uma operação deflagrada pelo Ministério Público do Estado.

A ação faz parte da Operação "Follow the Money" que mira em suspeitos de possíveis delitos de organização criminosa, lavagem de capitais, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude processual e falsidade documental.

Bruno foi preso e, segundo informou a Polícia Militar, está no presídio militar, em Vitória. Além dele, segundo fontes ouvidas pelo Folha Vitória, o juiz Maurício Camata foi alvo da investigação do MPES.

O que diz a defesa?

Em nota, os advogados Rafael Lima, Larah Brahim e Mariah Sartório, responsáveis pela defesa do juiz Bruno Fritoli, destacaram que aguardam uma decisão do Tribunal de Justiça, que pode ou não ratificar a decisão do juiz desembargador relator do caso.

"Bruno Fritoli atua como magistrado há mais de uma década, sempre atuando com lisura e responsabilidade. Confiantes da índole de Bruno durante sua carreira no judiciário, seguirão acompanhando o desenrolar do caso e atuando, com os instrumentos da lei, pela sua inocência", destacou.

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Associação dos Magistrados acompanha o caso

A Associação dos Magistrados do Espírito Santo informou por meio de nota que "todos os magistrados são submetidos às mesmas normas e procedimentos que qualquer cidadão", e que "os juízes estão sendo assistidos pela comissão de prerrogativa da associação"

A equipe de reportagem tenta localizar a defesa do juiz Maurício Camata. O espaço segue aberto para manifestação.

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