Polícia

Juízes e advogados são alvos de operação do MPES contra corrupção

Ministério Público do Espírito Santo realiza a Operação Follow the Money, cumprindo 52 mandados contra corrupção. Saiba mais sobre as prisões e investigações

Carol Poleze

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação

O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) cumpre, na manhã desta quinta-feira (1º), 52 mandados judiciais contra agentes públicos e particulares, suspeitos de esquema de corrupção. Entra os alvos, estão os juízes Mauricio Camatta e Bruno Fritoli. 

Os investigados estão em Vitória, Vila Velha, Serra e Barra de São Francisco. Além disso, existem alvos nos estados da Paraíba e Rio de Janeiro. 

>> Quer receber nossas notícias 100% gratuitas? Participe do nosso canal do Telegram!

A Operação "Follow the Money" mira os envolvidos em possíveis delitos de organização criminosa, lavagem de capitais, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude processual e falsidade documental.

De acordo com o Ministério Público, as investigações possuem evidências do envolvimento de agentes públicos, advogados e particulares em ações judiciais simuladas a partir de documentação falsa, direcionamento da distribuição dos processos e emissão indevida de alvarás, com indícios de recebimento de vantagem indevida e lavagem de ativos.

Nesta manhã, estão sendo cumpridos sete mandados de prisão preventiva e 30 mandados de busca e apreensão. Residências de investigados, locais de trabalho, dependências de órgãos públicos e de empresas suspeitas de integrar o esquema são alvos das diligências.

Além disso, dois mandados de afastamento funcional de agentes públicos, 13 mandados de suspensão do exercício da atividade profissional, proibição de contato entre pessoas e proibição de acesso às dependências de órgãos públicos.

Também há cumprimento judicial para monitoramento eletrônico, todos expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, contra 34 pessoas envolvidas no esquema.

A operação é realizada meio da Procuradoria-Geral de Justiça e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco Central e Norte), com o apoio da Polícia Militar.

Ao todo, 9 membros do Ministério Público coordenam os trabalhos, auxiliados por 97 policiais. 

A equipe de reportagem tenta contato com a defesa dos envolvidos. O espaço segue aberto para manifestação. 

Leia também:

PM vai começar a usar 200 câmeras nas fardas a partir de outubro


Pontos moeda