Polícia faz a maior apreensão de fentanil do ES e alerta: "Altamente perigoso"
Além do fentanil, foram encontrados pinos de crack e cocaína. A polícia acredita que substância é usada para potencializar os efeitos de outras drogas
Durante um patrulhamento no Morro da Floresta, no bairro Gurigica, em Vitória, a Polícia Militar apreendeu 197 frascos de fentanil, uma droga perigosa que tem uma potência 50 vezes maior do que a heroína e 100 vezes mais forte do que a morfina.
A quantidade se configura como a maior apreensão da droga feita no Espírito Santo. Além da substância, também foram apreendidos 206 pinos de crack, 548 pinos de cocaína e 1,6 kg de cocaína.
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Em entrevista à TV Vitória/Record, o tenente Moraes, que esteve no patrulhamento, informou que a suspeita é que a droga seja utilizada para potencializar os efeitos de outras drogas.
"É uma droga poderosíssima e potente. O próprio manuseio da droga é altamente perigoso por conta da alta absorção. Temos que ter um cuidado muito grande até mesmo para apreender. A gente ainda caminha para identificar como essa droga está sendo utilizada na mistura para cocaína ou crack. Tudo leva a crer, com as apreensões, que o fentanil está sendo utilizado para potencializar as drogas que são vendidas nas bocas de fumo", contou.
Durante o patrulhamento, os policiais avistaram diversos suspeitos que, ao perceberem a presença das equipes, fugiram rapidamente do local.
As drogas foram encontradas após os militares seguirem o grupo. O material foi entregue na 1ª Delegacia Regional de Vitória. Nenhum suspeito foi detido.
O que é fentanil?
Apesar da produção e do uso legal para a medicina, como anestésico, o composto químico tem se tornado alvo de traficantes de droga no Brasil.
Além da preocupação em torno da ilegalidade e da alimentação do tráfico de drogas, outro fator que assusta as autoridades é o forte poder de destruição que a droga é capaz de causar no organismo dos usuários.
Com uma potência 50 vezes maior do que a heroína e 100 vezes mais forte do que a morfina, o fentanil tem sua raiz na medicina, sendo sintetizado nos anos 60 como um anestésico. Porém, tem deixado de ser simplesmente um material hospitalar e passado a integrar esquemas de tráfico de drogas.
*Com informações de Vitor Zucolotti, repórter da TV Vitória/Record.
