FOLLOW THE MONEY

Quem são os juízes do ES alvos de investigação de fraudes e corrupção

Operação investiga agentes envolvidos em delitos de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção, fraude processual e falsidade documental

Redação Folha Vitória

Foto: Divulgação

Dois juízes do Espírito Santo estão entre os alvos de uma ação da Justiça nesta quinta-feira (1º). Os magistrados e outros advogados são investigados pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) por possíveis crimes ligados a uma organização criminosa.

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A “Operação Follow the Money” investiga agentes públicos e particulares envolvidos em possíveis delitos de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, fraude processual e falsidade documental.

Segundo apurou o Folha Vitória, os juízes alvos da ação são Mauricio Camatta e Bruno Fritoli. Bruno foi encaminhado ao presídio militar do Quartel do Comando-Geral (QCG). 

Os nomes dos advogados e outros investigados na ação não foram divulgados.

O que é a Operação Follow the Money? 

A operação foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (1º), pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES), por meio da Procuradoria-Geral de Justiça e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e teve o apoio da Polícia Militar. 

Foram cumpridos sete mandados de prisão preventiva, 30 mandados de busca e apreensão, dois mandados de afastamento funcional de agentes públicos, 13 mandados de suspensão do exercício da atividade profissional. 

Além disso, segundo o Ministério Público, foi definida a proibição de contato entre pessoas, proibição de acesso às dependências de órgãos públicos.

"As residências dos investigados, locais de trabalho, dependências de órgãos públicos e de empresas suspeitas de integrar o esquema também são alvos das diligências", descreveu o órgão.

Ao todo, 9 membros do Ministério Público coordenam os trabalhos, auxiliados por 97 policiais.

A reportagem procurou a Associação dos Magistrados do Espírito Santo (Amages) e a Ordem dos Advogados do Brasil no Espírito Santo (OAB-ES) para um posicionamento quanto aos juízes envolvidos na investigação. 

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Por meio de uma nota, a Associação dos Magistrados do Espírito Santo (Amages) reiterou seu compromisso com a transparência, a ética e o respeito às instituições.

“Destacamos que todos os magistrados são submetidos às mesmas normas e procedimentos que qualquer cidadão, e que a apuração de fatos deve ser realizada de forma imparcial, garantindo o direito à ampla defesa e ao contraditório”.

Também foi destacado que confia na Justiça e no devido processo legal para a elucidação dos fatos. “Ressaltamos que os juízes, como qualquer outro cidadão, têm o direito de apresentar sua defesa e esclarecer as acusações a ele imputadas”.

"Os juízes estão sendo assistidos pela comissão de prerrogativa da associação. Continuaremos acompanhando o caso de perto, zelando pela integridade e independência do Poder Judiciário, e reforçando a importância do devido processo legal para todos", finalizou em nota.

Por meio de uma nota, a defesa do juíz Bruno Fritoli informou que, os advogados Rafael Lima, Larah Brahim e Mariah Sartório, responsáveis pela defesa aguardam decisão do pleno do egrégio Tribunal de Justiça, que pode ou não ratificar a decisão do juiz desembargador relator. 

"Bruno Fritoli atua como magistrado há mais de uma década, sempre atuando com lisura e responsabilidade. Confiantes da índole de Bruno durante sua carreira no judiciário, seguirão acompanhando o desenrolar do caso e atuando, com os instrumentos da lei, pela sua inocência", destacaram. 

A Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Espírito Santo (OAB-ES) informou, por meio de uma nota que, está acompanhando o caso e buscando informações para tomar as providências cabíveis, observando as prerrogativas da advocacia e as normas do Código de Ética e Disciplina da OAB.

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