Suspeito de matar mulher que sumiu na Serra é preso: "Perseguidor"
Diógenes de Freitas Ferreira tinha diversas fotos de Sara Serra dos Santos em seu telefone celular e está sendo investigado por feminicídio com ocultação de cadáver
Diógenes de Freitas Ferreira, de 44 anos, suspeito de matar a jovem Sara Serra dos Santos, na Serra, em novembro de 2022, foi preso pela equipe da Delegacia Especializada em Pessoas Desaparecidas. O crime é tratado como feminicídio com ocultação de cadáver.
O caso foi solucionado, de acordo com o delegado Luiz Gustavo Ximenes, por provas indiretas que foram analisadas. Isso inclui depoimentos tomados com o próprio suspeito na época em que a jovem desapareceu.
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Na época, Diógenes chegou a informar aos policiais que não havia saído de casa no dia em que Sara desapareceu, o que foi desmentido por imagens de câmeras de videomonitoramento.
"As imagens de videomonitoramento mostram que a Sara entra a residência do Diógenes e posteriormente não sai mais. Quando foi intimado na delegacia, o Diógenes disse que naquele dia ele não havia saído, porém a gente analisou e ele havia saído três vezes da residência. Na última vez ele saiu com um veículo automotor Saveiro, de cor vermelha", informou o delegado.
Durante as investigações, os policiais conseguiram fazer um levantamento da ficha criminal de Diógenes, e descobriram que o suspeito tinha passagens por crimes como violência doméstica e stalking, que é a perseguição.
De acordo com o delegado, o homem tem perfil extremamente abusivo e violento em relação a relacionamentos amorosos.
"Durante as investigações conseguimos fazer um levantamento da ficha criminal dele. Em Macaé, ele possui dois processos por ameaça e crime de stalking, que seria o crime de perseguição, envolvendo violência doméstica contra ex-namoradas. No município de Serra, ele também já possui dois processos: um por ameaça contra a família dele e por perseguição contra ex-namorada. O perfil dele é abusivo, é uma pessoa abusiva em relação a relacionamentos com ex-namoradas", disse.
Outro fato que ajudou a corroborar a tese de culpa do suspeito é que diversos pertences de Sara foram encontrados na casa de Diógenes, como roupas, acessórios e até documentos.
O suspeito também tinha diversas fotos da vítima em seu telefone celular, o que segundo o delegado, aponta uma obsessão.
"A gente conseguiu também ver diversas fotografias na área de galeria, tudo em relação à Sara, isso mostra a obsessão que ele tinha em relação á Sara", informou.
Sara e Diógenes mantiveram um relacionamento durante alguns meses, mas a jovem não queria seguir em frente com os encontros. No dia 13 de novembro de 2022, ela foi chamada até à casa do suspeito para conversar.
No dia, ela chegou a enviar uma mensagem à irmã para avisá-la que caso algo acontecesse a ela, Diógenes era o responsável.
Na época do desaparecimento, familiares de Sara chegaram a dar entrevista à TV Vitória e relataram a troca de mensagens.
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"De repente, ela saiu dizendo que ia conversar com essa pessoa, e por coincidência ou não, disse que se alguma coisa viesse a acontecer com ela, que seria ele. Desde então, a menina sumiu", disse a irmã da vítima.
No dia do desaparecimento de Sara, o suspeito chegou a ir de carro até a região de Fundão. Os policiais agora analisam a área em busca do corpo da vítima.
Também serão analisados outros corpos encontrados na região e que não foram identificados para que os policiais analisem caso se trate ou não do corpo de Sara, alguns dos corpos passarão por exame de DNA.
De acordo com a Polícia Civil, com a prisão de Diógenes, a expectativa é que mais vítimas de perseguição o reconheçam.
*Com informações do repórter Vitor Zucolotti, da TV Vitória/Record