Suspeito de mandar matar Milena Gottardi, Hilário Frasson é demitido da Polícia Civil
Além disso, ele fica impedido de exercer outro cargo ou função por dez anos
O Conselho de Polícia Civil decidiu, nesta quarta-feira (25), por maioria de votos, demitir Hilário Antônio Fiorot Frasson dos quadros da corporação. Hilário é suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da ex-esposa dele, a médica Milena Gottardi, e, por causa desse crime, recebeu a pena máxima prevista do Estatuto da Polícia Civil, que é a demissão. Além disso, ele fica impedido de exercer outro cargo ou função por dez anos.
A defesa do acusado tem até dez dias para recorrer da decisão, após a publicação, que será feita no Diário Oficial, prevista para o inicio de outubro. A demissão de Hilário é resultado do julgamento do Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) que o servidor respondia, referente ao homicídio de Milena Gottardi.
A informação sobre o PAD foi publicada pelo Diário Oficial na ultima quinta-feira (19). Hilário Frasson cumpre prisão preventiva desde 20 novembro de 2017 e encontrava-se afastado de suas funções.
Suspensão no pagamento
No último dia 5 de junho, o Conselho de Polícia Civil julgou um outro PAD que Hilário respondia, que apurava uma falsa comunicação de crime. O investigado teria alegado um possível furto de uma quantia em dinheiro que estava em sua gaveta de trabalho.
Após o julgamento do processo, ele recebeu a pena de suspensão por 90 dias. No entanto, como ele se encontra preso, a sentença terá efeito no pagamento que ele ainda estava recebendo. A pena foi executada após publicação feita no diário oficial nesta terça-feira (24).
Relembre o caso
A oncologista Milena Gottardi foi baleada na cabeça quando saía do Hospital das Clínicas, no bairro Maruípe, em Vitória, no dia 14 de setembro de 2017. Ela foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e teve morte cerebral. A médica morreu aos 38 anos e deixou duas filhas.
Inicialmente, a polícia suspeitou de uma tentativa de assalto, mas as investigações apontaram que se tratou de um crime encomendado, cujos mandantes são Hilário e o pai, Esperidião Frasson.
Ainda de acordo com as investigações, o assassinato teve dois intermediários: Valcir da Silva Dias e Hermenegildo Palauro Filho. Eles, por sua vez, teriam feito a ponte entre os mandantes e os acusados de serem os executores, Dionatas Alves Vieira, o atirador, e Bruno Rodrigues Broetto, primo de Dionatas, que teria roubado a moto para a execução do crime.