Parentes de vítimas de chacina em Vitória contam como eram os jovens que morreram no ataque
Familiares relataram que alguns dos jovens já tiveram contato com drogas e passagens pela polícia; o caso segue sob investigação
A tarde da última segunda-feira (28), que aparentemente seria de lazer, acabou de forma trágica para quatro amigos da região de Santo Antônio. O crime, que chocou o Espírito Santo, resultou em quatro pessoas assassinadas, e uma ferida, na ilha Dr. Américo de Oliveira, na baía de Vitória.
Segundo as investigações, pelo menos seis pessoas estavam na ilha do momento do crime. Investigadores do Departamento de Homicídios informaram que os atiradores chegaram em dois barcos e cercaram a região. Ao menos 30 disparos foram realizados contra as vítimas.
Um vídeo, que circula nas redes sociais, mostra momentos antes da chacina acontecer. A suspeita da polícia é de que as imagens foram gravadas por um dos atiradores.
Veja quem eram as vítimas
Uma das vítimas identificadas é Pablo Ricardo Lima, que foi baleado e socorrido para o Pronto Atendimento de São Pedro, em Vitória, mas não resistiu e morreu na unidade.
Parentes estiveram na manhã desta terça-feira (29) no Departamento Médico Legal (DML) contaram que foi o próprio tio da vítima que ouviu o barulho de mais de 30 tiros vindos da ilha onde o crime aconteceu. Como ele sabia que o sobrinho estava no local, ele pegou um barco e foi até a região. Chegando lá, se deparou com Pablo ferido. Foi aí então que ele socorreu o jovem, mas sem sucesso.
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A segunda vítima identificada é Wesley Rodrigues de Souza, de 29 anos. Ele trabalhava como marítimo e foi morto com pelo menos 3 tiros.
No DML, na manhã desta terça-feira (29), o pai do rapaz conversou com a reportagem da Rede Vitória. Ele contou que que o jovem sempre foi trabalhador, e disse que Wesley nasceu em Vila Velha, mas morava desde a infância na região de Santo Antônio.
Segundo o pai, o rapaz ia muito até a ilha para fazer churrasco com os amigos, pescar e fazer churrasco. O homem também disse que o filho sempre foi usuário de drogas.
Outra vítima da chacina é Vitor da Silva Alves, de 19 anos. Segundo o tio do rapaz, o jovem já teve passagem pela prisão.
O homem contou que mora há pouco tempo em Santo Antônio, e que ele não conhecia as amizades do sobrinho, mas que o rapaz era uma pessoa boa.
"Pra nós, em particular, não tinha nada que reclamar. Ele era educado, não respondia a gente, não tinha agressividade com a gente", contou o tio.
Ele ainda disse que não soube dizer o que o sobrinho estava fazendo na ilha, e que ficou sabendo do caso pela imprensa.
A quarta vítima da chacina é Yuri Carlos de Souza, de 21 anos, que foi morto com um disparo na cabeça.
Segundo a tia dele, o rapaz foi criado próximo ao local do assassinato. Ela contou que ele era um rapaz carinhoso e vivia rodeado de amigos, e que até agora não entende o que aconteceu.
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* Com informações da repórter Marla Bermudes, da TV Vitória / Record TV