Quatro suspeitos de pagar por imagens de conteúdo sexual de uma criança de 10 anos, que era produzido pela própria tia, em Vitória, foram identificados pela Polícia Civil. Um deles é um administrador de 48 anos. Já o segundo é um fotógrafo de 34. Os outros dois suspeitos ainda não foram localizados. A mulher, responsável pelo conteúdo, havia sido presa em julho deste ano.
Os dois homens localizados foram encaminhados à Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos. Já os outros dois não chegaram a ser detidos.
Os homens, de acordo com informações repassadas pela polícia durante coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (05), inicialmente recebiam imagens da própria tia. Depois de um tempo, começaram a perguntar se ela não teria imagens de pessoas mais novas. Desde então, ela começou a produzir e enviar conteúdo da sobrinha. Apenas um deles confessou pagar pelo material.
>> LEIA TAMBÉM: Pai e filho aplicam “golpe das panelas” em idosa no ES, deixam R$ 10 mil de prejuízo e acabam presos
A tia confirmou para a polícia que é garota de programa e que os homens seriam clientes dela. No celular da mulher, a polícia encontrou imagens de exploração envolvendo também outras menores. Segundo a polícia, a tia cobrava R$ 30 por fotos e vídeos da sobrinha. A suspeita segue presa e a menina explorada foi encaminhada ao Conselho Tutelar.
As investigações continuam e os celulares dos investigados estão sendo periciados. Ambos foram autuados e responderão em liberdade.
> Quer receber nossas notícias 100% gratuitas pelo WhatsApp? Clique aqui e participe
“A PC continuará investigando”, diz delegado
Durante coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (05), o delegado responsável pela Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos, Brenno Andrade, afirmou que continuará investigando outras pessoas que, por ventura, também recebiam o material criminoso.
“Cumprimos quatro mandados de busca em apreensão, dois em Vitória e dois em Vila Velha. Conduzimos duas pessoas à unidade policial. Uma delas falou que recebeu o material sem querer, mas confessou receber. O outro também confirmou, mas disse que só abria imagens da criança por curiosidade. Essas e as outras pessoas vão responder pelo crime de armazenamento de conteúdo relacionado à abuso e exploração sexual infantil e por favorecimento à prostituição”, disse.
Mãe e avó da criança não sabiam do crime
Em julho deste ano, a polícia esteve em uma casa, em um bairro de Vitória, e descobriu que a criança morava com a avó e a tia, já que a mãe trabalha fora e não conseguia ficar com a menina.
A avó e a mãe, segundo a polícia, não sabiam do crime. Ainda de acordo com a polícia, a menina passou por exames no Departamento Médico Legal, em Vitória. Os resultados apontam que ela ainda é virgem, mas isso, segundo os investigadores, não minimiza os abusos sofridos pela criança.
A menina foi retirada da casa e entregue a mãe. A suspeita vai responder por diversos crimes, incluindo estupro de vulnerável.
* Com informações da repórter Rafaela Freitas para a TV Vitória | RecordTV