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Distribuidora de bebidas em Vila Velha lavava dinheiro de haxixe gourmet

Segundo a Polícia Civil, o chefe do esquema era proprietário do estabelecimento e o dinheiro ilegal se confundia com o patrimônio da empresa

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação / Polícia Civil

Seis suspeitos foram presos e uma distribuidora de bebidas que fazia lavagem de dinheiro para o tráfico de drogas foi fechada durante a Operação Hammerfal, deflagrada pela Polícia Civil na última quinta-feira (21). As investigações apontam que eles são especializados em importar haxixe gourmet, droga que chega a custar R$ 500 cada 10g. 

"Vimos que eles são especializados em haxixe, várias variações de haxixe. Haxixe gourmet que chega a custar R$ 500 cada 10g. São para um público diferenciado. Eles tinham fornecedores para todas essas espécies de haxixe que vinham da Ásia, principalmente dos Estados Unidos ou até mesmo do Paraguai e da Colômbia, nesses casos, em uma qualidade menor", detalhou o delegado Romualdo Gianordoli.

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O delegado ainda explicou que a distribuidora era utilizada para lavar o dinheiro do tráfico. O chefe do esquema era proprietário do estabelecimento e o dinheiro ilegal se confundia com o patrimônio da empresa. 

"Em apenas dois dias, por exemplo, o estabelecimento teria faturado R$ 90 mil. Valor totalmente incompatível com o que é declarado e com que uma distribuidora daquele porte, pequeno, pode receber", esclareceu Romualdo Gianordoli.

O balanço da operação foi divulgado pela Polícia Civil na manhã desta sexta-feira (22). O objetivo era cumprir nove mandados de prisão e 28 de busca e apreensão contra traficantes de uma organização criminosa conhecida como Terceiro Comando Puro (TCP), que atua em bairros de Vila Velha.

A ação contou com o apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SESP).

O secretário estadual de Segurança Pública, coronel Alexandre Ramalho, acompanhou a operação.

 "Estamos atuando em cima de organizações criminosas, principalmente, aquelas que são rivais, que trazem transtornos para as comunidades. Estamos atuando em cima de homicidas e traficantes", frisou.

Chefe do esquema está foragido

Foto: Divulgação/Sesp

O chefe do esquema, Carlos Rogério do Nascimento Júnior, o Magrão, também era um dos alvos da operação. No entanto, ainda não foi capturado. 

A população tem um papel importante nas investigações e pode contribuir com informações de forma anônima através do Disque-Denúncia 181, que também possui um site onde é possível anexar imagens e vídeos de ações criminosas, o disquedenuncia181.es.gov.br

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