Polícia

Mensagens de Whatsapp revelam trama para assassinato: "Tortura até a morte"

Thiago e Gabriela, que são namorados, trocaram mensagens de texto e de áudio planejando crimes na Serra. Os dois foram presos pela polícia

Redação Folha Vitória

Foto: Reprodução

O casal de namorados Gabriela Moura Sfalsin, 19 anos, e Thiago Marques Gomes, de 21, presos sob suspeita da morte do cabeleireiro João Vítor Costa de Souza, na Serra, planejaram o assassinato de uma outra pessoa dias depois do crime. E a trama toda foi feita através de mensagens de Whatsapp.

A vítima desta vez seria o dono de uma distribuidora de bebidas no bairro Cidade Pomar, na Serra. O motivo da desavença foi uma briga na qual Thiago e Gabriela se envolveram com o proprietário após furtarem garrafas de bebida no local.

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Thiago chegou a ser espancado por traficantes locais após cometer o crime e ficou revoltado. Nas mensagens, Gabriela utiliza tom ameaçador e diz ter ódio do proprietário da distribuidora.

"Tortura até a morte. Corta dedo. Corta mão. Vê pedindo misericórdia", escreveu Gabriela para o namorado pelo Whatsapp. A acusada diz ainda que o pior erro que as pessoas podem cometer é tê-la como inimiga.

Foto: Divulgação PCES
Thiago e Gabriela foram presos

Os diálogos, que também aconteceram através de mensagens de áudio, foram revelados em uma coletiva feita pela Polícia Civil nesta quinta-feira (21) para dar detalhes da prisão do casal e também de outro suspeito, Patrick das Neves Vulpi Soares, de 26 anos, todos envolvidos na morte do cabeleireiro e em outros crimes.

"Quando eu tomo ódio de alguém, o que tiver ao meu alcance para estragar, para desgraçar, a vida da pessoa, eu vou fazer", diz Gabriela para o namorado. Thiago, na sequência, ri e responde: "Gostou da mente criminosa, né?". 

Ouça o áudio da Gabriela:

Áudio Gabriela Moura Sfalsin

Em mensagens de áudios, Thiago e Patrick planejam roubos a motoristas de aplicativo. Os dois chegam até a dizer que precisam de documentos de outras pessoas para cometer os crimes. 

De acordo com o chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa de (DHPP) da Serra, delegado Rodrigo Sandi Mori, as mensagens que mostram a trama para matar o dono da distribuidora aconteceu 19 dias após o assassinato de João Vítor, mas o crime acabou não se concretizando.

"Ela (Gabriela) é bem fria, calma, não demonstra arrependimento", declarou o delegado.

João Vítor foi morto após os acusados de envolverem em uma briga de bar porque Thiago havia colocado o pé em cima de uma cadeira. O suspeito acabou agredido e voltou no dia seguinte para se vingar.

Ao atirar contra o carro onde os desafetos estavam, acabou atingindo João Vítor, que não tinha envolvimento com crime ou com a briga, e estava pegando uma carona no veículo

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