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Criminosos do PCV ordenavam mortes de policiais de dentro da prisão no ES

Na operação, seis mulheres foram presas: duas no Bairro da Penha e outras duas em Itararé, sendo mãe e filha

Guilherme Lage

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução/PCES

Lideranças do Primeiro Comando de Vitória (PCV) ordenavam assassinatos de policiais na Capital de dentro do Presídio de Segurança Máxima II, em Viana

Os criminosos também davam ordens sobre disputa de territórios para a venda de drogas e incêndios a ônibus. 

As informações foram divulgadas pela Polícia Civil após a prisão de seis mulheres suspeitas de repassarem informações para os criminosos durante visitas ao presídio.

Elas serviam como uma espécie de "pombo-correio", e transmitiam instruções de lideranças presas para traficantes que estão em liberdade, e vice-versa. 

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Segundo o delegado Alan Melo, um dos responsáveis pela investigação, a ordem era matar pelo menos um policial em cada um dos bairros dominados pelo PCV. 

"Esse foi um método muito difundido em São Paulo no início desse milênio, que é a incitação de violência no território, com queima de ônibus, depredação de patrimônio público. A determinação seria a morte de um policial por cada bairro do PCV", disse. 

Mãe e filha são presas em operação

Ao todo foram cumpridos 10 mandados de prisão e 18 de busca e apreensão na operação realizada na manhã desta segunda-feira (30), em Vitória, Serra, Aracruz e Cachoeiro de Itapemirim

Na operação, seis mulheres foram presas. Duas no Bairro da Penha, outras duas em Itararé. Estas, mãe e filha. Houve outra prisão no bairro Conquista e mais uma em Cachoeiro. 

"Eram familiares de primeiro grau mesmo, mãe, filha, mulheres. Infelizmente essas pessoas se aproveitavam do direito constitucional de visitar seu ente querido detido para cometer crimes", afirmou Melo. 

Segundo o delegado, as visitas aos presídios aconteciam de forma coordenada para que as informações fossem repassadas às lideranças e aconteciam em uma frequência pelo menos de 15 a 15 dias. 

"É coordenado, quinzenalmente as mensagens eram levadas e tudo o que era tratado ali era como forma de organização, para decisões de tomada de territórios e até mesmo cometimento de homicídios", relatou.  

*Com informações da repórter Ana Carolini Mota, da TV Vitória/Record