Polícia

Enfermeira grávida morta: 1ª audiência do caso Íris Rocha acontece nesta quinta

Audiência será realizada presencialmente na Vara Única de Alfredo Chaves. A enfermeira Íris Rocha foi encontrada morta em janeiro. Ex-namorado foi preso

Foto: Montagem Folha Vitória

Após meses de investigações, começa nesta quinta-feira (19), a primeira audiência do julgamento do caso da enfermeira Íris Rocha, de 30 anos, encontrada morta em 11 de janeiro. O ex-namorado da jovem, Cleilton Santana, foi denunciado pelo Ministério Público do Estado por feminicídio, praticado por motivo torpe. 

O julgamento será realizado presencialmente, às 13h, na Vara Única de Alfredo Chaves.

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Em entrevista ao Folha Vitória, o advogado da família de Íris, Fábio Marçal, explicou que serão ouvidas todas as testemunhas de acusação e as de defesa.  

Vamos ver se terminamos essa fase de instrução logo, para sair a pronúncia dele a júri popular o mais rápido possível. Esse processo apenas prolonga o sofrimento da família”, pontuou. 

Já o advogado Rafael Almeida, que faz a defesa de Cleilton, garantiu que o acusado estará presente na audiência. Ele será conduzido pela Secretaria de Estado da Justiça (Sejus). 

Enfermeira grávida de 8 meses foi morta com quatro tiros

O crime aconteceu em 11 de janeiro deste ano, na localidade de Carolina, em Alfredo Chaves. Segundo a denúncia, Cleilton, agindo de forma premeditada, levou a vítima a um lugar ermo, de mata e sem residências por perto, e fez quatro disparos de arma de fogo contra ela.

Na sequência, ele jogou o corpo de Íris em um terreno, despejando cal desidratado, com o objetivo de ocultar a localização e agilizar o processo de decomposição.

Durante as investigações, foi apurado que Cleilton e Íris mantinham um relacionamento em que ele exercia sobre a vítima extremo controle sobre suas atitudes e comportamentos, com sentimento de posse, não admitindo qualquer contrariedade, o que o levou a tirar a vida da vítima.

Cleilton foi preso em 18 de janeiro, no momento em que passava em um carro com o advogado pelo posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Viana, na BR-262.

Investigações foram concluídas pela Polícia Civil

As investigações sobre a morte de Íris já foram concluídas. Segundo a Polícia Civil, o crime teria sido motivado pelo fato do ex-namorado duvidar que seria pai do filho que Íris esperava.

Ele teria contado isso para o próprio pai. No entanto, exames de DNA comprovaram que Cleiton era o pai da criança.

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As investigações também mostraram que a vítima foi alvejada por quatro tiros, sendo um no braço esquerdo, dois na axila e um na cabeça, acima do olho direito.

Enfermeira relatou agressão do ex-namorado em áudio

Em áudio obtido pela reportagem do Folha Vitória, enviado para uma amiga, Íris denunciou sobre a agressão física que sofreu por parte do então namorado, Cleilton Santana.

Na mensagem, ela narra que “apagou e acordou no chão cuspindo sangue”. O caso aconteceu em outubro do ano passado, pouco mais de três meses antes de ser executada.

A delegada destacou que o desfecho do caso serve como lembrete da importância da conscientização sobre a gravidade do feminicídio. “E da necessidade de combater ativamente a violência contra as mulheres”.

Repórter do Folha Vitória, Maria Clara de Mello Leitão
Maria Clara Leitão Produtora Web
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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário Faesa e, desde 2022, atua no jornal online Folha Vitória