Polícia

Falha em sistema de airbags provocou morte em acidente no ES, aponta perícia

Acidente fatal aconteceu em abril. Na época, um homem morreu e três mulheres ficarem feridas. Segundo perito, falha provocou ferimentos fatais no motorista

Carlos Raul Rodrigues Santos *Estagiário

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação/Sesp

A Polícia Científica do Espírito Santo divulgou nesta semana os resultados de um exame pericial detalhado que revelou falhas críticas no sistema de airbag do Honda Civic envolvido em um acidente fatal no cruzamento entre as avenidas Carioca e Luciano das Neves, em Vila Velha

A colisão aconteceu na madrugada de 27 de abril e resultou na morte do motorista do carro, que avançou o sinal vermelho e colidiu com um ônibus. 

A perícia identificou que o pavimento estava molhado devido à chuva, complicando ainda mais as condições de tráfego.

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O fator decisivo para o óbito, no entanto, segundo a polícia, foi a falha no airbag no veículo fabricado pela Takada. 

"Durante a expansão, o insuflador colapsou, lançando fragmentos metálicos que causaram ferimentos fatais ao motorista. Esse tipo de defeito tem sido alvo de recalls em diversos países, inclusive no Brasil, e já está no centro de investigações e reparos ordenados por órgãos de segurança, como a NHTSA (National Highway Traffic Safety Administration)", afirmou a Polícia Científica do Espírito Santo.

Em 2013, a falha já havia sido identificada e o recall acionado. Segundo a Secretaria Nacional do Consumidor, ao menos 15 modelos de veículos fabricados pela empresa teriam apresentado o problema. A empresa declarou falência em 2017.

O perito responsável pelo laudo do acidente no Espírito Santo, Alberto Tirello Maia, apontou que as condições climáticas e o erro do motorista ao avançar o sinal contribuíram para a colisão, mas o fator crítico foi o mau funcionamento do airbag.

A corporação também ressaltou a necessidade de verificar recalls antes da compra de veículos usados, destacando que a segurança no trânsito não depende apenas das habilidades dos condutores, mas também da integridade dos sistemas de segurança.