"Gatonet" no ES: empresário preso tem 10 mil clientes em streaming ilegal
Suspeito será investigado por lavagem de dinheiro e pode responder por violação de direitos autorais. Foram apreendidos produtos falsificados e carro de luxo
O empresário capixaba, de 39 anos, preso em Vila Velha, na Grande Vitória, tinha uma loja com produtos falsificados, entre roupas, eletrônicos e perfumes. Ele foi preso durante uma operação nacional para fechar serviços de comercialização de sinais de televisão ilegais
Além disso, no estabelecimento, ele vendia tabaco e possuía um controle de usuários ativos e inativos de serviços ilegais de TV pela internet. Ele vai responder por pirataria digital, contrabando e pode, ainda, responder por violação de direitos autorais.
Na casa dele foi encontrado um computador ligado com 10 mil usuários ativos utilizando o serviço ilegal de TV pela Internet, o popular "gatonet".
Na loja, foi apreendido outro computador, um celular, três laptops e duas máquinas de pagamento de cartão. A polícia também apreendeu um carro de luxo.
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A ação, nomeada como Operação 404, foi uma mobilização nacional coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria de Operações Integradas e da Polícia Civil do Espírito Santo. Ao todo, nove pessoas foram presas, três na Argentina e seis no Brasil.
O chefe da Divisão Patrimonial (DRCCP) e titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), delegado Brenno Andrade, explicou que o suspeito será investigado, ainda, por lavagem de dinheiro.
"Nós vamos investigar o indivíduo por lavagem de dinheiro porque suspeitamos que a loja que ele possuí, onde comercializava os produtos piratas, seja utilizada para acobertar uma lavagem de dinheiro. O que a gente viu no primeiro momento é que as transações realizadas nas máquinas de cartão da loja são totalmente incompatíveis com os produtos do estabelecimento", diz.
Devido à soma das penas dos crimes, não será possível pagar fiança. Ele foi encaminhado ao presídio.
Esta foi a sétima fase da Operação 404, que contou com apoio de órgãos de proteção à propriedade intelectual de outros países, como Argentina, Estados Unidos, Paraguai, Peru e Reino Unido.
Ao todo, foram retirados do ar conteúdos de áudio e vídeo como jogos e música, além do bloqueio e suspensão de 675 sites e 14 aplicativos de streamings ilegais.