Polícia

Influenciador e rifeiro são presos em operação contra lavagem de dinheiro por jogos na Bahia

Outras 19 pessoas foram presas na Bahia, Goiás, Ceará e Espírito Santo, na quinta-feira (5), por integrar organização que auxiliava o tráfico de drogas

Estadão Conteúdo

Redação Folha Vitória
Foto: Montagem / Folha Vitória

Um influenciador e um rifeiro baianos, Ramhon Dias e José Roberto, mais conhecido como Nanam Premiações, foram presos nesta quinta-feira (05), em Salvador, numa operação da Polícia Civil da Bahia que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas por meio de jogos de azar e rifas ilegais.

As prisões ocorrem um dia após a influenciadora e advogada Deolane Bezerra ser presa em Pernambuco, em outra operação que investiga jogos de azar ilegais.

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Dezenas de veículos de luxo, relógios, armas de fogo, munições, celulares, roupas de grife, além de dinheiro em espécie, foram apreendidos na operação "Falsas Promessas", deflagrada pelo Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco-LD) da Polícia Civil baiana nesta manhã.

Até o momento, 20 mandados de prisão foram cumpridos - 14 em Salvador, cinco em Goiás e uma no Ceará. Um 21º suspeito resistiu à prisão e foi baleado durante confronto com a polícia no bairro de Santa Cruz, em Salvador. Ele não resistiu aos ferimentos.

"Após um ano de atividade de inteligência, investigações apontaram que o esquema ilícito movimentou mais de meio bilhão de reais, oriundos do tráfico de drogas", afirma a Polícia Civil baiana, em nota.

A organização não tem relação, conforme o informado até o momento, com o esquema pelo qual Deolane Bezerra tem sido investigada. No caso dela, o dinheiro lavado seria proveniente dos próprios jogos ilegais, e não do tráfico.

A ação baiana, coordenada pelo Draco-LD, conta com o apoio dos departamentos Especializado de Investigações Criminais (DEIC), de Inteligência Policial (DIP), de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e de Polícia do Interior (Depin), das Coordenações de Operações e Recursos Especiais (Core), de Operações de Polícia Judiciária (COPJ), e da Corregedoria da Polícia Civil (Correpol), além das polícias civis de GO, CE e ES.

O advogado Jeferson Rosado, que faz a defesa de Ramhon Dias, afirmou à TV Bahia que ele não cometeu crimes e é perseguido pela polícia. "Ramhon Dias vem empresariando outras pessoas há dez anos, é uma pessoa de coração bom, que ajuda várias pessoas do bairro do Uruguai. A gente fica assustado com essa perseguição que ele vive sofrendo", afirmou o advogado.

"O que o Estado tem que entender é que influenciador é a profissão do futuro. Um carro de até R$ 500 mil tem origem lícita, a internet hoje é um mundo e se você oferece um produto, você consegue alcançar milhares de interessados no anúncio", disse.

A reportagem procurou a defesa de Ramhon, mas não teve resposta até o momento. A defesa de José Roberto, da Nanam Premiações, não foi localizada.