Máfia chinesa pode estar por trás de produtos falsificados apreendidos no ES
Segundo a Polícia Civil, 45 mil itens foram apreendidos em Vitória; entre eles estão: fones de ouvidos, carregadores, garrafa térmica e adaptadores de tomadas
Os itens falsificados apreendidos no Centro de Vitória, durante uma operação para combater a venda de produtos falsificados das marcas Apple e Stanley podem ter ligação com a máfia chinesa que atua no estado de São Paulo. A informação foi repassada pela Polícia Civil.
A operação, realizada por meio da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon) e do Instituto de Pesos e Medidas (IPEM-ES) na quinta (12) e sexta-feira (13), resultou em 45 mil itens falsificados apreendidos e duas pessoas detidas por fraudes.
Além disso, os proprietários dos estabelecimentos estão sendo investigados por propaganda enganosa e por induzir o consumidor ao erro.
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Segundo informações repassadas pelo delegado titular de Decon, Eduardo Passamani, com a descoberta da máfia, as autoridades do Espírito Santo vão comunicar a Polícia de São Paulo.
"Vamos oficiar a polícia do Estado de São Paulo, isso porque identificamos que o produto vinha de lá. Além disso, está possivelmente relacionada a uma máfia chinesa existente em São Paulo", narrou o delegado Passamani.
Durante a operação, conforme o delegado, foram identificados itens como: fones de ouvidos, garrafas térmicas, brinquedos, carregadores de celular e adaptadores que tomada. “Os itens eram produzidos com o intuito de atrair o consumidor como réplicas perfeitas”.
Itens parecem inofensivos, mas podem gerar prejuízos
O agente fiscal do Instituto de Pesos e Medidas (IPEM-ES), Luiz Felipz Langoni, descreveu que, os itens falsificados parecem inofensivos, mas, podem gerar grandes prejuízos.
"Por exemplo, no caso dos brinquedos, o maior problema é para as crianças, que levam os objetos para a boca. Os itens, sem certificação, a gente não tem comprovação que a tinta não utiliza metais pesados que podem se desprender. E isso gerar riscos à saúde", destacou o especialista.
Já no caso dos adaptadores de tomada, é existente o risco de incêndios residenciais. “Temos um índice muito alto no Estado de incêndios relacionados aos adaptadores, ligados em ares-condicionados, secador de cabelo e fritadeira elétrica”.
Os responsáveis que estavam na distribuidora foram detidos e vão responder em liberdade pelo crime de fraude ao comércio, quando um produto falsificado é vendido como original.
Eles também podem responder por crimes como: vender produtos fora das normas, induzir o consumidor a erro e propaganda enganosa, que podem somar até 16 anos de prisão.
*Com informações da repórter Marla Bermudes, da TV Vitória/Record