Ônibus, escolas e postos de saúde: saiba a situação em Tabuazeiro após morte de jovens
Mortes durante ação da Polícia Militar gerou protestos no bairro nesta quinta (12). Policiamento foi reforçado, mas moradores seguem sem serviços
Um dia após a morte de dois jovens durante uma ação da Polícia Militar no bairro Tabuazeiro, em Vitória, os moradores das partes altas da região seguem sem ônibus.
De acordo com a Companhia Estadual de Transportes Coletivos de Passageiros do Espírito Santo (Ceturb-ES), por motivos de segurança, na manhã desta sexta-feira (13) os ônibus atentem apenas a parte baixa do bairro.
LEIA TAMBÉM:
>> Pai de criança morta por tiro de espingarda em Guarapari é solto
>> Motorista de app é obrigado a dirigir para assaltantes e bate em viatura para pedir ajuda
>> Polícia prende suspeito de matar ex-candidato e diz que crime não teve motivação política
A companhia informou em nota que, assim que a situação se normalizar, o itinerário original voltará a ser feito.
Já as escolas e unidades de saúde funcionam normalmente nesta manhã, segundo informou a prefeitura da Capital.
A gestão municipal informou ainda que a Guarda Civil de Vitória aumentou o patrulhamento na área, com atenção especial às proximidades das escolas e unidades de saúde.
Jovens morrem após ação da polícia em Tabuazeiro
Na quinta-feira (12), dois jovens, de 23 e 16 anos, foram mortos a tiros em um apartamento em um condomínio no bairro. Os rapazes foram baleados durante uma ação da Polícia Militar.
Segundo a corporação, a ação foi resultado de um confronto. A versão da Polícia Militar aponta que as mortes ocorreram após uma denúncia de que um criminoso armado estaria ameaçando pessoas no condomínio "Predinhos".
Ao chegar ao local, os militares teriam avistado o suspeito armado em uma das janelas. Ao entrar no apartamento, os policiais disseram que o jovem apontou uma arma, o que motivou os disparos.
O adolescente de 16 anos, que estava em outro cômodo, também teria reagido de forma semelhante e foi baleado, segundo a polícia.
Os moradores da região, no entanto, apresentam outra versão do caso. Testemunhas relataram que os policiais chegaram ao condomínio exigindo que todos entrassem em suas casas e foram diretamente ao apartamento onde os jovens estavam.
Uma moradora, que prefere não se identificar, contou à reportagem da TV Vitória/Record que os policiais fizeram buscas pelo imóvel e que, apesar dos jovens negarem a presença de armas, os militares teriam disparado contra eles.
Mortes geraram protestos
Um dos acessos ao Morro do Macaco foi fechado pelos moradores. O grupo incendiou pneus. O policiamento no bairro Tabuazeiro foi reforçado. O caso segue sendo investigado.