“Tirou um pedaço do coração.” A declaração comovente é de Rodrigo Rodrigues, pai de Davy Luccas Cândido Rodrigues, 4 anos, deixado sem vida no Pronto Atendimento de Alto Lage, em Cariacica.
O padrasto da criança Fábio dos Santos Silva foi preso na quarta-feira (18), após ter sido autuado em flagrante por homicídio qualificado.
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De acordo com a Polícia Científica, exames preliminares constataram vários indícios de espancamento, sendo este a provável causa da morte.
Em entrevista ao ES no Ar, da TV Vitória, o pai de Davy Luccas, descreveu que a situação, considerada como “um verdadeiro baque e está sendo muito difícil”.
“Não é fácil em momento algum perder o filho, para mim está sendo um baque, é o mesmo que estar arrancando e tirando um pedaço do meu coração. Meus filhos são a minha vida, independente de qualquer defeito meu, faço tudo por eles na medida do possível, nunca deixei nada faltar”.
Ele também não deixa de transmitir os sentimentos de revolta e impunidade, presente após o acusado espancar a criança até a morte e a mãe não comunicar as agressões.
“Como espanca até a morte? Uma criança indefesa, não tinha como recorrer à alguém. Ainda fica um sentimento de impunidade, a mãe não comunicou nenhum dos avós sobre a viagem“, disse.
“Vi meu filho morto e não pude fazer nada”, desabafa o pai.
Muito abalado, o pai relembrou o dia em que recebeu a notícia da morte de Davy Luccas e afirma que “viu o filho morto e não conseguiu fazer nada”.
“Recebi a notícia eram 10h40 da manhã, o padrasto estava levando meu filho para o hospital passando mal e precisava do pai presente. Eu corri, fui até o PA perguntando do meu filho“, descreve.
Rodrigo narra que questionou para as enfermeiras onde estava o menino. “Me levaram ao reconhecimento do corpo e foi um baque de ver meu filho morto. Vi ele morto e não pude fazer nada”.
“Eu quero justiça”, afirma o pai
Mesmo com todos os sentimentos, Rodrigo Rodrigues finalizou afirmando que vai lutar pela justiça até “o final”.
“Nada vai trazer a vida do meu filho de volta, mas eu quero justiça. Agora é encaminhar na mão de deus para a justiça ser feita, enquanto estiver vivo eu vou lutar até o final, vou lutar até o final pelo meu filho”.
*Com informações do repórter Gabriel Calvini, da TV Vitória/ Record.
