A Polícia Civil prendeu um homem de 22 anos e uma mulher de 44 anos, suspeitos de envolvimento na morte do taxista José Erculano Marques, de 75 anos. Ele foi encontrado morto no porta-malas em 10 de março, no bairro Jacuhy, na Serra.
Segundo a corporação, foram identificados três suspeitos do crime, entretanto, um dos criminosos ainda segue foragido. Informações sobre o caso serão divulgadas em coletiva nesta quinta-feira (19).
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As investigações da perícia da Polícia Civil identificaram que a causa da morte de José Herculano foi infarto no miocárdio. A perícia explicou que as circunstâncias que levaram ao infarto foi a exposição ao calor acima de 50 °C por mais de seis horas.
A perícia também identificou que o taxista estava vivo quando foi colocado no porta-malas. No compartimento foi encontrada uma barra de ferro, que foi utilizada pela vítima para tentar abrir o espaço.
Segundo o perito oficial criminal da Polícia Científica do Espírito Santo (PCIES) Carlos Augusto Chamoun, o veículo ficou mais de 20 horas estacionado até ser encontrado. Desse tempo, mais de 10 horas foram no período diurno.
“Alguns estudos feitos nos Estados Unidos e na Europa mostram que a temperatura no porta-malas fechado de um carro sobe nos primeiros 30 minutos em 80%. Na primeira hora, a temperatura ultrapassa os 51ºC“, diz Chamoun.
Qual foi a dinâmica do crime?
Durante as investigações, foi identificado que, assim que os criminosos entraram no carro, começaram a ameaçar o taxista. Eles colocaram José Herculano no porta-malas, roubaram dinheiro que estava no bolso dele, assim como documentos.
Imagens registradas no bairro Jacuhy, na Serra, também mostram o momento que os bandidos param o carro a abandonam o veículo com o idoso preso no porta-malas.
“Às 11h01, o veículo ´´e abandonado às margens de uma linha-férrea no bairro Jacuhy, com a vítima dentro do porta-malas. O taxista foi localizado 22 horas após ser abandonado, no dia 10 de março“, descreveu delegado Rodrigo Sandi Mori.
Família da vítima espera pela Justiça
O filho do taxista é um policial militar, o sargento Flavio Vinicius, que conversou com a reportagem da TV Vitória/Record TV e destacou que a família quer justiça.
“A gente espera que a justiça seja feita. A minha família não quer vingança, retaliação nem nada. A gente quer simplesmente que as pessoas sejam presas, responsabilizadas por esse ato cruel contra meu pai, para que a família comece a restaurar a paz, mesmo que isso nunca passe“, declarou.
